Maranhão acredita em reviravolta no TRE e dispara contra o PSB: “é um saco de gatos”
Pré-candidato a prefeito da Capital também comentou a nomeação de Wilson Santiago para acompanhar os processos do governo, em Brasília, e a saída de Marcelo Weick
O ex-governador José Maranhão (PMDB) está confiante em uma reviravolta no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) com relação ao processo que desaprovou as contas de campanha do então candidato ao governo na eleição de 2010. Em entrevista na manhã desta quarta-feira (9), o pré-candidato afirmou que teve as contas rejeitadas por um percentual baixo (cerca de 0,25% acima do valor global), que poderá ser revisto após recurso impetrado no próprio TRE-PB pelos seus advogados.
“Na Paraíba existem vários precedentes que foram revistos, o mais recente foi o caso do prefeito de Picuí, Buba Germano, que foi cassado e depois absolvido por unanimidade pela própria corte do TRE”, argumentou. Segundo Maranhão, vários candidatos tiveram contas aprovadas com valores de até 10% acima do que foi comprovado nas contas de campanha. “Então porque isso ocorreu com Maranhão, será que é porque estamos melhor colocado nas pesquisas?”, ironizou.
Provocação do PSB
Pré-candidato do PMDB a prefeito de João Pessoa, José Maranhão, também não poupou críticas ao atual momento vivido pelo bloco político liderado pelo PSB na Capital. Ao ser questionado sobre a provocação de alguns militantes do partido, entre eles, a secretária Municipal de Saúde, Roseana Meira, que esta semana utilizou o twitter para comentar a publicação do acórdão da reprovação das contas no TRE-PB, o ex-governador foi direto: “aquilo é um saco de gatos, em que um vive dando unhada em outro”, disparou.
“Eles (o bloco socialista) demonstram uma desorganização só, além de falta de identidade partidária, quando colocam para a população cerca de três pré-candidaturas diferentes”, argumentou.
Wilson Santiago e Marcelo Weick
O ex-governador José Maranhão também comentou a indicação do ex-senador e aliado Wilson Santiago (PMDB), como defensor que irá acompanhar os processos do Governo do Estado em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
“O ato do governo do Estado colocado em Brasília, se não fosse o caráter personalista do atual governador seria de rotina, pois é normal colocar os servidores para atuarem em outras localidades e funções. Mas, conversei com Santiago, e ele referendou que este ato não envolve qualquer compromisso político de sua parte com o governador Ricardo Coutinho. Eu prefiro acreditar e é isso que eu posso dizer”, disse.
Maranhão também demonstrou certa chateação com relação a indicação do seu ex-auxiliar e advogado, Marcelo Weick, para a coordenação jurídica de campanha da pré-candidata do PSB, Estelizabel Bezerra, a prefeita de João Pessoa.
“Está na competência profissional de qualquer advogado fazer contratos com quem quer que seja. Mas, a questão ética é que está pesando no meio jurídico, já que o próprio Marcelo (Weick) figura em alguns processos contra a atual contratante, como é o caso da ação sobre a Fazenda Cuiá, que tem a própria Estelizabel (Bezerra) como parte no processo. Mas, não faço juízo de valor, até porque sou parte nisso, parte essa que ficou prejudicada”, lamentou.
Ângelo Medeiros
WSCOM Online
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