O Estado de S.Paulo - Vera Magalhães O encontro do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é simbólico não pela confirmação de uma aliança PSDB-DEM, mas pela demonstração de que os dois partidos já articulam o pós-Temer, que começa imediatamente, independentemente de o presidente permanecer ou não no posto. Como disse no domingo, o presidente consegue, dia a dia, se tornar invisível. Maia e Alckmin discutiram, sem ninguém do governo, a necessidade de avançar com uma reforma da Previdência possível, e que tucanos e democratas empunhem esta bandeira. Para isso, dizem aliados de ambos, pouco importa se o presidente ficará no cargo. A negociação se dará sobretudo com Henrique Meirelles (Fazenda) como interlocutor. Na impossibilidade de o PSDB tomar uma posição definitiva sobre seu dilema pueril de ficar com o governo ou romper, Alckmin vai se afastar dessa discussão. Maia, por sua vez, empenhado em dissipar a imagem de conspirador, que