CÁSSIO X RICARDO


Rubens Nóbrega
Enquete no blog do jornalista Carlos Magno (carlosmagno.com.br) pergunta o que o leitor acha “que vai acontecer com a união entre Ricardo Coutinho e Cássio?”. Às três e meia da tarde de ontem, o resultado era o seguinte:
• Eles não vão mais se separar, 15.5%;
• Vão se separar perto da eleição de 2014, 15.5%;
• Vão se separar bem antes de 2014, 19.9%;
• Vão se separar em pouco tempo, 35.9%;
• Impossível de prever, 13.1%.
Para ter acesso aos números do momento, o acessante tem que votar. Votei na segunda opção (‘vão se separar perto da eleição de 2014), que empata com ‘eles não vão mais se separar’, ambas com 15.5%.
A aposta maior, pelo visto, é no rompimento iminente. Juntando a terceira e a quarta opções, chega a 55,8% o percentual dos votantes que acreditam em separação dos dois líderes bem antes de 2014 ou dentro de pouco tempo.
Continuo firme na minha expectativa, contudo. Só acredito em alguma possibilidade de rompimento lá pra depois de abril de 2014. Por enquanto, um não tem o menor motivo para deixar de apoiar o outro.
Com robusta cota de cargos, empregos e interesses no Ricardus I, Cássio engrossa a vista e emouquece os ouvidos para não ver nem ouvir as lamúrias e queixumes dos cassistas mais ortodoxos não contemplados.
Com a mesma fleuma, dribla perguntas mais incisivas sobre o aliado ou avalia acriticamente atos, gestos, atitudes e iniciativas de governo que prejudicam de fato ou potencialmente parcelas consideráveis da população ou dos servidores estaduais.
Experiente, maduro, calejado e vacinado contra ‘futricas provincianas’, o senador mantém incólume a aliança vitoriosa e tira de letra tanto as provocações dos adversários como os apelos dos mais chegados para que pule fora desse barco.
Deve tudo a Cássio
Ricardo pode até não reconhecer, mas sem o apoio de Cássio ao Ricardus I, começando pela sustentação parlamentar que a bancada cassista dá ao governo, a governabilidade do Estado e a estabilidade do governador no cargo seriam hoje, no mínimo, uma dúvida.
Mesmo assim, aposto como o senador não se sente minimamente desconfortável no papel de João sem Braço, inclusive porque tem argumentos nobres e válidos para justificar o seu silêncio ou a sua posição de permanecer ao largo dos embates políticos em curso na Paraíba.
Por argumentos nobres e válidos entenda-se o aperreio de mais de ano que o homem passou pelejando pelo mandato que é seu por direito. Depois, sobrevieram os agravos de saúde do pai, Ronaldo, que exigiram do filho dedicação e preocupação em tempo integral.
Até aos problemas pessoais e jurídicos de Cássio o atual governador deveria agradecer, portanto. Foram eles que mantiveram e ainda mantêm o senador a maior parte do tempo com a cabeça e o corpo longe da Paraíba e de seus problemas. Caso contrário...
Duvido que alguém com um mínimo de senso, um pouco de poder e um tanto de prestígio não se incomodaria nem se manifestaria contra o que vem acontecendo em nosso Estado. Nem Cássio, que fica calado “mesmo com o nada feito, com a sala escuracom o nó no peito, com a cara dura...”.
Nova filial na Praça
Segundo matéria assinada pela jornalista Natália Xavier, publicada ontem neste JP, o comércio varejista paraibano cresceu 13,1% em novembro do ano passado, mantendo a segunda maior taxa de crescimento de vendas do país no acumulado do ano, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foi a maior taxa do varejo do Nordeste e terceira do país”, enfatiza a notícia, da qual deduzi a razão de tradicional revendedora de peças e utensílios domésticos ter aberto filial em plena Praça João Pessoa (ver croqui abaixo). A loja, como todo mundo sabe, vem atuando no grosso e no varejo – e com força! – desde 1º de janeiro de 2011.

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