Caminhoneiros organizam greve nacional por melhores condições de trabalho

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Caminhoneiros de várias regiões do Brasil estariam organizando uma paralisação nacional prevista para esta quinta-feira (4), com adesão em diversos estados. A mobilização, segundo líderes da categoria, não tem vínculo político e reflete o acúmulo de insatisfação com as condições de trabalho nas estradas. A classe aponta problemas como baixa remuneração, insegurança nas rodovias, dificuldade em cumprir leis por falta de estrutura e falta de valorização. Entre as principais reivindicações estão estabilidade contratual, revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas, garantia de cumprimento das normas e aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada.
Apesar da movimentação ganhar força em diferentes frentes, a categoria ainda enfrenta divisões internas. Associações e cooperativas da Baixada Santista, por exemplo, afirmam não apoiar a paralisação por entenderem que há influência política por trás do ato. Representantes dessas entidades alegam que nenhuma assembleia foi convocada e que decisões desse porte precisam de diálogo prévio, votação e consenso — o que, segundo eles, não ocorreu. Ainda assim, lideranças de outros estados garantem que há grande adesão e disposição para parar.
O clima atual remete à greve de 2018, quando caminhoneiros pararam o país por 10 dias em protesto contra a alta recorrente do diesel. O movimento gerou desabastecimento de combustíveis, falta de alimentos e impactos generalizados na economia, só sendo encerrado após o governo Michel Temer atender parte das exigências da categoria. A lembrança daquele episódio reforça a preocupação sobre os efeitos que uma nova paralisação pode trazer ao país caso o impasse persista.
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