PF investiga sumiço de equipamentos adquiridos pela UFPB que foram substituídos por pedras e paus

Na manhã deste sábado, a assessoria da Polícia Federal informou que na próxima quinta-feira (14) policiais irão até o Laboratório de Vídeo Digital (Lavid) para investigarem o desaparecimento de equipamento adquiridos pela UFPB.

O sumiço dos equipamentos foi descorberto quando funcionários e professores do Lavid abriram as caixas que deviam conter os equipamentos e chegaram através de uma importadora, encontrando dentro delas apenas paus, pedras e isopor. A mercadoria custou cerca de R$ 240 mil e se a compra não tivesse finalidade científica teriam custado à UFPB ao menos R$ 1 milhão.

De acordo com o gerente da pesquisa de Visualização Avançada, Lucenildo LIns, a PF vai fazer uma perícia técnica nas caixas e digitais serão recolhidas.

“Nós já tomamos todas as medidas necessárias no sentido de demonstrar que os equipamentos não sumiram da UFPB”. A PF garantiu ainda que vai entrar em contato com a do Rio de Janeiro para que as investigações também aconteçam lá.

Na noite desta sexta-feira (8), os pesquisadores da UFPB foram até a Polícia Federal para prestar declarações sobre o caso.

Ainda de acordo com Lins, o atraso que o desaparecimento dos equipamentos irá trazer à pesquisa é de no mínimo cinco meses  já que vai levar uns dois meses para o seguro devolver o dinheiro e mais uns três meses para o laboratório fazer uma nova compra.

Entenda

Na manhã da sexta-feira (8), professores e funcionários do Lavid ao abrirem as caixas que deveriam conter equipamentos audiovisuais comprados em dezembro a uma empresa de importação de Nova Iorque, nos Estados Unidos, se depararam com madeira, blocos de pedra e isopor. Os equipamentos seriam para o desenvolvimento de pesquisa na área digital e, segundo Lucenildo Lins, gerente da pesquisa, tem como objetivo auxiliar na área da medicina. Foram comprados equipamentos de áudio 7.1, projetores 7.1 e câmeras K4 para a montagem de um cinema 3D no Campus da UFPB. Todos os equipamentos são avaliados, segundo Guido Lemos, coordenador do Lavid, em R$ 1 milhão. Porém, como iria ser utilizados para pesquisa, a UFPB pagou cerca de R$ 240 mil.

PB Agora