Artigo: Uma gestão paralisada - Alexandre Almeida
Passado quase quatro anos do governo
de Osvaldo
Rabelo que mesmo afastado oficialmente devido sua doença, podemos
afirmar pelo menos uma coisa, seu governo é o mais completo e retumbante
fracasso, e não sou apenas eu que digo, mas as diversas vozes influentes da
política goianense. Não há um único ponto de sua gestão que pode ser apontado
como um exemplo, bem, tem o pagamento sem atraso do funcionalismo, porém
sabemos que isso não é um favor, mas obrigação.
Apesar de uma campanha prometida na
base de “cuidas das pessoas”, não houve nenhuma melhora visível na saúde ou
educação, muito pelo contrário. Assim como no trato com os servidores públicos
que, ao que me parece, perseguir quem dele discorda virou costume em sua
administração. E a situação de conservação urbana, então, só olhar como está o
asfalto de alguns bairros, ou mesmo as praças públicas que se percebe o estado
de calamidade. Sem mencionar o nosso litoral que está totalmente abandonado.
O prometido choque de gestão do início
do mandato, bem, este ninguém viu. Pois o que mais se viu ao longo do tempo foi
o modelo mais retrogrado de governar dos últimos anos. As nomeações de pessoas
com problemas na Justiça para fazerem parte do primeiro escalão do governo
municipal chegou a ser algo até “normal”, a exemplo de envolvidos na operação
Ratatouille, que investiga o desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro
em processos de licitação para o fornecimento de merenda durante a gestão de
Vado da Farmácia à frente da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, entre 2013
e 2016, foi mais um ponto negativo da sua administração. Sem falar das denúncias
feitas pela oposição.
Culpar só Osvaldo Rabelo pelos
problemas de Goiana seria injusto. A situação transcende governos, como em boa
parte do país. Mas o homem que chegou afirmar dezenas de vezes a promessa de
“cuidar das pessoas” agravou bastante o quadro. Não podemos esquecer das
palavras desrespeitosas para com a população, entre elas, para com as mulheres
goianenses quando disse que "estavam
reclamando tanto da buraqueira, que os peitos das mulheres aqui em
Goiana estavam ficando moles, de tanto balançar". Mas se for para
apontar cada uma, bem, vocês tem tempo de ler um livro?
Então,
se junta à incompetência de Osvaldo Rabelo ao lado de Eduardo Honório, com a
total ausência da Câmara Municipal de Vereadores e do governador
Paulo Câmara, Goiana fica em uma verdadeira
tempestade perfeita e sem ter onde correr. Por isso a importância de
refletirmos bem se este grupo que está aí merece continuar comandando os rumos
do município ou se já está na hora de darmos um basta em toda essa situação.
Chegou o momento de Goiana sair deste
estado de paralisia e mudar seu patamar de ação política. É hora de assumir
agendas importantes e trabalhar para a construção de uma cidade com mais
bem-estar para todos. Existe esperança de dias melhores no horizonte. A
sociedade civil é a mola propulsora que fará Goiana sair da inércia e avançar
em busca de um futuro melhor.
Alexandre
Almeida é acadêmico em Direito, foi consultor de políticas públicas de
juventude da UNESCO e é membro do Democratas de Goiana.
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