RADAR POLÍTICO 365


Em Caaporã: polêmica reforma administrativa de Chico Nazário expõe prioridades distorcidas

 


O mês de agosto foi marcado por uma verdadeira ofensiva política em Caaporã. Funcionários ligados à gestão e vereadores da base do prefeito Chico Nazário se empenharam em vídeos e discursos para defender a chamada “reforma administrativa”. A narrativa tenta vender a ideia de que se trata de uma medida essencial para o município. Mas, na prática, tudo indica que a reforma é essencial apenas para o prefeito.


Ignorando o alerta do Tribunal de Contas


Há pouco mais de um mês, o Tribunal de Contas do Estado recomendou à Prefeitura de Caaporã a exoneração de contratados, justamente para que a administração conseguisse manter suas contas em dia, especialmente os salários dos servidores. Em vez de seguir a recomendação e ajustar os gastos, o prefeito insiste em uma reforma que cria despesas adicionais e vai na contramão da austeridade exigida.


Reforma ou cabide de empregos?


O projeto em tramitação prevê a abertura de 377 novas vagas, muitas delas com salários elevados e funções de questionável relevância. Um exemplo que gerou indignação foi o cargo de “chefe do matadouro”, mesmo sem existir matadouro em funcionamento há anos em Caaporã.


A justificativa oficial também não se sustenta. Chico Nazário tenta convencer a população de que a reforma é necessária para criar setores como a Defesa Civil. Mas especialistas lembram que bastaria um projeto simples aprovado pela Câmara para instituir a Defesa Civil, sem a necessidade de uma reforma ampla e onerosa.


Problemas reais continuam sem solução


Enquanto a Câmara discute a reforma, a cidade enfrenta sérias dificuldades:


Rua Romeu Nazário: a via está em estado de calamidade. O prefeito já dispõe de R$ 2 milhões para a obra, sem precisar de reforma administrativa.


Atração de empresas: a instalação de indústrias em Caaporã depende de gestão eficiente e incentivos claros, não de cargos políticos criados às pressas.



O que Caaporã realmente precisa


Em vez de uma reforma desenhada para acomodar interesses políticos, Caaporã precisa urgentemente de concurso público, garantindo oportunidades justas, meritocracia e transparência. O caminho deveria ser fortalecer os serviços públicos com planejamento, não multiplicar cargos de confiança.


Um alerta aos vereadores


Se o projeto for aprovado, os efeitos negativos talvez não apareçam imediatamente. Mas em um ou dois anos o rombo nas contas será inevitável. E quando isso acontecer, os responsáveis terão nome e sobrenome: os vereadores que hoje decidirem votar SIM a essa proposta.


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