PERNINHA EM NOVA VERSÃO

 

Alô COMPESA, estás por onde?

Por Danizete Siqueira de Lima

Prometemos em uma de nossas crônicas mais recentes que, sempre que oportuno, voltaríamos ao assunto não da falta d’água e sim da falta de abastecimento em nossas torneiras, por um motivo que aparenta ser de ordem financeira, ou seja, é notória a necessidade de o governo do estado botar a mão no bolso e gastar uns reais para ampliação da Estação de Tratamento d’Água (ETA), que tornou-se insuficiente para atender a demanda de consumo, em decorrência do crescimento populacional.

Dizemos isto por não encontrarmos outra razão que justifique a persistência do problema, salvo melhor juízo. A direção da empresa conversa muito mas não convence ninguém; o governo municipal não toca no assunto; a Câmara de Vereadores, também, não dá uma justificação plausível. Parece que estão combinados em blindarem o governador Paulo Câmara que, por sua vez, não está nem aí para o problema que é apenas mais um que se soma à falta de segurança e às buraqueiras existentes em nossas rodovias.

Para não sermos levianos, registramos uma audiência pública que foi promovida pela Câmara de Vereadores local, no dia 1º/10/2019, há dois anos, na gestão do então presidente da Casa, vereador Igor Mariano, abordando esse problema que continua tanto ou quanto pior que naquela época. Segundo o parlamentar, após aquela audiência, foi entregue um relatório na sede da COMPESA, em Recife, cobrando providências para solução do problema que se arrasta ao longo dos meses, num total desrespeito á nossa população.

Pela incompetência que o governo tem mostrado até o presente, não acreditamos numa solução de curto prazo. Caso houvesse preocupação com o bem servir, isso não teria acontecido. Faz tempo que a ETA perdeu a capacidade de atender a contento a demanda de consumo do tão precioso líquido e os administradores sabem do problema. A questão maior é que água em nossas torneiras não é prioridade do governador. Assim sendo, passamos a usar o nome de fantasia da COMPESA de “COMO PESA”.

Isso mesmo, como pesa.

COMO PESA ter que tomar um banho de “cuia”, pela manhã, antes de sair para o trabalho e ser forçado a repetir esta mesma cena pela tarde/noite, após um dia exaustivo, alimentado por um calorzinho acima de 35 graus.

COMO PESA saber que a água está ali bem pertinho, a menos de 2 km de sua residência, e não chega até a sua torneira por falta de administração, negligência ou irresponsabilidade publica.

COMO PESA tirar R$ 50,50 mensais do pouco que você ganha para arcar com uma despesa de consumo tão essencial à vida e que você, além de não dispor de um abastecimento adequado, ainda poderá ter seu nome incluído no SPC/Serasa por inadimplência no pagamento de duas contas mensais, seguidas.

COMO PESA saber que esse problema poderia ter sido evitado e nada foi feito.

Concluímos a nossa crítica com um COMO PESA soando bem mais forte ao sabermos que vamos esperar pelo menos até a próxima eleição, pois mesmo que o problema não seja solucionado irá servir para discursos acalorados, mentirosos e recheados de promessas vãs.

Esse artifício os nossos políticos sabem usar com muita competência. Quanto a isto não resta a menor dúvida.

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