Ernesto Araújo diz que ‘nunca promoveu atrito com a China’

 

Ex-chanceler Ernesto Araújo presta depoimento na CPI da Covid Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues

Em fala inicial à CPI da Covid na manhã desta terça-feira (18), o ex-chanceler Ernesto Araújo negou com veemência que tenha feito ataques à China ou promovido boicote ao gigante asiático. Ernesto defendeu que “jamais promoveu atrito com a China”.

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– De modo que os resultados que nós obtivemos na concepção de vacinas e em outros aspectos decorrem de uma política externa que não era de alinhamento automático com os Estados Unidos, multilateral ou de enfrentamento com a China – explicou.

O ex-chanceler também destacou o avanço do Brasil no cenário econômico mundial, lembrando que o país esteve “a um passo” de tornar-se membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

– Nos dedicamos a defender direito à vida, liberdade de crença, de opinião. Abrimos frentes (comerciais) concretas com nossos diversos parceiros. Ideologia e pragmatismo são um binômio equivocado. Meu objetivo foi contribuir para um Brasil grande e livre, com economia competitiva. Sem a preservação de valores, a vida humana perde sentido e significado. Defendendo valores, [o] Brasil conseguiu assinar 180 atos internacionais – disse Araújo.

Sobre a pandemia, Araújo afirmou que o Itamaraty teve “sucesso” ao trazer os brasileiros que estavam na China e em outros países. O ex-chanceler também destacou que o Brasil se saiu bem na aquisição de vacinas.

Segundo ele, “graças à qualidade de relações com a Índia”, o Brasil foi o primeiro país do mundo a receber vacinas exportadas de lá. E, para o ex-chanceler, “graças à relação madura e construtiva com China”, o Brasil foi a nação que mais recebeu vacinas e insumos de vacinas fabricados no país asiático.

– Logo no começo da pandemia, postos do Itamaraty foram instruídos a contatar pesquisas de vacinas. Atuamos em conjunto com o Ministério da Saúde. […] No final da minha gestão, já tínhamos disponíveis 30 milhões doses de vacina. Também no final da minha gestão, tínhamos insumos para mais 30 milhões de doses – afirmou Araújo.

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