Diabetes x COVID-19: Pacientes reclamam da falta de medicamentos para diabéticos em Goiana

Quem precisa do medicamento cloridrato de metformina para controlar a diabetes em Goiana vai enfrentar muitas dificuldades. De acordo com denúncia do vereador Bruno Salsa (PSB), na rede de saúde do município é praticamente impossível encontrar a medicação sendo ofertada para os pacientes.

“Recebemos denúncias de moradores do Loteamento Boa Vista e de outras comunidades dizendo que o medicamento está faltando nos postos de saúde. Não podemos aceitar esse descaso porque a covid-19 afeta com mais força justamente os diabéticos, pessoas que precisam de tratamento contínuo”, explica Salsa.
O vereador questiona a compra da medicação e prepara denúncia junto ao Ministério Público. “Será que o cloridrato de metformina está sendo comprado de forma correta? Temos informações de que o valor do material licitado pela prefeitura estava superfaturado e, por isso, a farmacêutica se recusou a assinar o documento que solicitava a realização de uma nova licitação. Queremos tudo esclarecido para que a população não seja prejudicada”, explica.

A coordenadora farmacêutica de Goiana, Rebeka Alves Feitosa, admitiu que houve paralisação na compra do cloridrato de metformina, “Uma empresa fornecedora pediu reequilíbrio de preço da medicação e não posso comprar enquanto não houver parecer jurídico a respeito disso”, disse em um áudio, compartilhado em um grupo de whatsApp.

De acordo com o vereador, o fato atesta que o preço licitado pela prefeitura está acima do praticado pelo mercado. Nas farmácias, uma caixa com 30 comprimidos do produto custa, em média, R$ 3,63.

A questão deverá entrar na pauta da Câmara de Vereadores durante a semana. “Vamos entrar com requerimento no plenário para que a coordenadora seja ouvida pelos vereadores e explique de uma vez o motivo da falta de medicamentos. O povo de Goiana não quer desculpas, quer ação e o problema resolvido”, ressaltou Bruno Salsa.

Além da falta de cloridrato de metformina, receitas médicas de pacientes da Unidade Básica de Saúde Boa Vista também mostram a escassez de furosemida, utilizada no tratamento de pacientes com hipertensão arterial, retenção de líquidos, insuficiência cardíaca e renal.

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