Operação Pescaria II: Justiça Federal mantém prisão de secretários de Agrestina, engenheiro e empreiteiro por desvios em contratos de obras

A Justiça Federal manteve a prisão de MARCIANO LOPES DOS SANTOS NETO – Secretário de Obras de Agrestina/PE, MANASSÉS SOARES LEITE – Secretário de Saúde de Agrestina/PE, SANDRO WLAUDEMIR DE OLIVERIA GOMES – Engenheiro e FRANCISCO DE ASSIS BARROS – Empreiteiro de Agrestina/PE, que foram alvos de mandatos de prisão cumpridos na manhã de hoje, pela Polícia Federal, na segunda fase da Operação Pescaria II, que investiga uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações, desviar recursos e lavar dinheiro desviado de obras destinadas à construção de postos de saúde, na cidade de Agrestina, em Pernambuco.

A Operação foi um trabalho conjunto da Polícia Federal (PF) com a Controladoria geral da União e teve por objetivo aprofundar as investigações de fraudes na aplicação de recursos públicos federais para execução de obras em municípios pernambucanos. A primeira fase foi deflagrada no último mês de fevereiro, em Agrestina (PE). 

As análises do material apreendido na primeira fase trouxeram novas evidências de irregularidades em licitações da Prefeitura de Agrestina, subsidiando o desdobramento da operação. A investigação apurou ainda o vínculo de outras empresas “de fachada” com o grupo inicialmente investigado. 

Estão sendo apuradas irregularidades na condução de processos licitatórios, além do acompanhamento e da fiscalização dos serviços executados por prefeituras municipais, bem como prováveis ocorrências de lavagem de dinheiro por parte de empresas e pessoas físicas relacionadas aos empreendimentos. 

Os valores de pagamentos liquidados por diversos municípios pernambucanos, entre 2015 e 2018, em favor das empresas investigadas nesta segunda fase somaram mais de R$ 14 milhões. O valor do prejuízo aos cofres públicos será devidamente calculado no decorrer da apuração. 

Além dos quatro mandados de prisão preventiva confirmados mas audiências de custódia, nove mandados de busca e apreensão ainda foram cumpridos nos municípios pernambucanos de Agrestina, Caruaru, Garanhuns, Jurema e Panelas, com a participação de 50 policiais federais e dois auditores da CGU.

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