A insatisfação da bancada pernambucana com Paulo Câmara

http://www.portalsouzajunior.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Paulo-Camara.jpeg
Pinga-Fogo
Desde que a eleição acabou, existe uma insatisfação de alguns deputados da base com Paulo Câmara (PSB). As reclamações são diversas, mas todas tem o mesmo tom de mágoa. Há relatos de eleitos que até hoje não tiveram contato com o governador. Recentemente, o deputado Pastor Eurico (Patri) ironizava pelos corredores da Câmara Federal que não deixava o telefone descarregar “para não correr o risco de o governador ligar e ele não poder atender”. Dizia que havia ajudado na eleição e não recebeu nem “obrigado”. Outros deputados, até do PSB, tem reclamado de não terem sido ouvidos para a formação do secretariado, por exemplo.
Segundo uma fonte no Palácio, houve, realmente, pouca consulta para formar a equipe porque Paulo resolveu dar seu perfil ao governo nessa gestão, seguindo o que fez Bolsonaro (PSL). É normal que os secretários sejam escolhidos com perfil próximo ao dos ministros, para facilitar o diálogo e a obtenção de verbas.
Fato é que o governador quer mostrar o que pode fazer como gestor, estando mais livre dos acordos que foram feitos para ele, ainda por Eduardo Campos. É justo. Mas, vai ser difícil fazer algo sem a simpatia da bancada. 
Clima ruim existe desde a eleição
Um candidato pelo PSB a deputado, durante a eleição, chegou a ir vestido de preto para eventos da campanha, em “protesto silencioso” contra a falta de atenção. Recentemente, foi à vez de Gonzaga Patriota (PSB) mostrar-se aborrecido por “ligar e não ser atendido” e por ser convidado de última hora para reuniões.
Para tentar amenizar o clima pesado, Paulo Câmara pretende usar o diálogo. Já há intenção de organizar reuniões com as bancadas estadual e federal para ouvir os deputados e planejar ações de governo.
A ideia inicial é que as reuniões sejam periódicas, como acontecem os encontros de gestão do governo, e possam contar com a participação de todos os partidos que formam a base de apoio na Alepe e na Câmara.

Comentários