Igreja barroca, com obras de restauração atrasadas, é vistoriada em Goiana

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiana (PE) vai vistoriar, na próxima quinta-feira (26), a partir das 10h, a Igreja Nossa Senhora da Misericórdia, que fica no centro da cidade, situada na Zona da Mata pernambucana. A inspeção será acompanhada por representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan), da Santa Casa de Misericórdia de Goyanna e da prefeitura do município. O objetivo é buscar um entendimento para garantir a restauração e a requalificação do conjunto arquitetônico da sede da Santa Casa, composto pela igreja e um edifício anexo. Em 2015, foi firmado acordo de patrocínio entre BNDES e o município para restauração dos prédios, no valor de R$ 8,3 milhões. As obras envolvem a realocação da feira livre que é realizada no entorno do conjunto arquitetônico. De acordo com as apurações do MPF, o projeto arquitetônico foi aprovado pelo Iphan, mas os repasses do BNDES para o município foram suspensos, pois as obras estão paralisadas desde 2016. A prefeitura alega que quer rever a necessidade de deslocamento da feira para promover o ordenamento da área. Para buscar uma solução conciliatória para o caso, o MPF promoveu reunião com as entidades envolvidas, no último dia 9, e fez uma primeira vistoria no local, no dia 12. A vistoria conjunta por todos os envolvidos vai permitir maior celeridade para se chegar a um acordo que garanta a restauração dos prédios. Histórico – Fundada em 1720, a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Goyanna prestava assistência médica e social à comunidade. A Igreja Nossa Senhora da Misericórdia é um monumento representativo do barroco brasileiro e foi tombada em 1938. Teve sua construção concluída em 1726. Tem cinco imagens, quatro varandas, dois altares e coro em madeira. Ao lado da igreja, foi construído o Hospital da Santa Casa de Misericórdia, que funcionou de 1759 a 1931. Trata-se de um edifício de dois andares que, após o restauro, poderá abrigar atividades culturais. Goiana foi capital da Capitania de Itamaracá e importante centro econômico durante o período colonial, o que se comprova pelas oito igrejas desse período, todas tombadas, existentes na cidade. 
GIRO MATA NORTE

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