A FGV planeja um novo porto para o Polo Industrial de Goiana
Como a Paraíba vive de intriga política sem fim, poucos foram os
que prestaram atenção de ontem para cá para um fato relevante anunciado nesta segunda-feira e estampado nos principais jornais de Pernambuco. O Governo Eduardo Campos já formulou oficialmente o interesse para que a Fundação Getulio Vargas (FGV) apresente estudo de viabilidade da PPP visando a construção de um novo porto e um distrito industrial em Goiana, Pernambuco.
Aliás, as empresas Promon Engenharia e STR Projetos entregaram
documento há cerca de duas semanas e a FGV deve levar pelo menos outras duas semanas para emitir seu parecer.
Este fato trazido à baila novamente agora pela Coluna prova
por A mais B que, decididamente, o Governo de Pernambuco resolveu investir para valer na sua economia quase que dobrando sua capacidade de produção fazendo, sem que esse seja o desejo , o Estado da Paraíba reduzido a políticas de Sobra – daquilo que restar do vizinho rico estado ao lado. |
Perceber, atestar e admirar a pujança de Pernambuco nem por isso pode deixar setores da economia da Paraiba
sem entender porque até a data de hoje, o Governo paraibano dispõe de uma Proposta concreta para implantação de um Porto de Águas Profundas no Estado e ninguém do Governo admite receber os investidores visando abrigar investimentos na ordem de R$ 3 bilhões também frutos de PPPs.
Não tenho dúvidas de que Badê ou Dera, dois astros da Praça São Gonçalo, no bairro da Torre, se
espantariam com tamanha desproporção e na bucha diriam: “ que diacho está acontecendo para o Governo da Paraíba recusar altos investimentos em nosso litoral?”. |
Olha, é difícil crer nesta realidade, de alguma forma deprimente do ponto - de- vista estratégico de desenvolvimento
, e ter que se confortar com a ousadia pernambucana do governador campeão, que quer ser presidente com a anuência do seu colega da Paraíba, este por sua vez se contentando com 1.000 empregos das FIAT lá em Goiana.
Sei não, do jeito que vai é acatar a proposta do empresário Robinsos Koury Viana e anexar de vez nosso Estado
a Pernambuco. Ou, ao contrário, se reage para o bem das futuras gerações de paraibanos – com todo o respeito ao Exmor Sr. Governador de Pernambuco. |
MAIS DETALHES
Leiamos o que diz o Secretário Josué Honório:
“Recebemos (o estudo) há duas semanas, dentro do prazo estipulado. O material vai ser analisado pela
FGV e ela deve emitir uma relatório a ser encaminhado ao comitê gestor”, disse oo secretário executivo
de Governo, Josué Honório. Segundo ele, o relatório da FGV – que também está analisando o estudo
da PPP do Arco Metropolitano – será avaliado em uma reunião ordinária ou extraordinária do Comitê
Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas, ainda sem data definida.
Em junho do ano passado, foi anunciado que o novo complexo industrial portuário seria instalado em
local próximo ao município de Goiana, a 63 quilômetros do Recife, com previsão de investimentos
de R$ 3 bilhões. Batizado de pe2 polo ecologístico, o projeto deverá causar impacto na economia de
22 municípios daquela região. As populações de Goiana, Itapissuma, Itamaracá e Igarassu serão
as mais diretamente beneficiadas, mas o desenvolvimento deverá rebater em todo o entorno, incluindo
três cidades da vizinha Paraíba (Caaporã, Pitimbu e Alhandra).
O complexo é composto de um porto naturalmente abrigado e um distrito industrial e de serviços
tecnológicos, apto a funcionar em estrutura multimodal. Também havia a previsão de construção de
um novo aeroporto internacional às margens da BR-101 Norte, mas tudo indica que esse equipamento
ficou de fora do estudo de viabilidade.
EM TEMPO
O Escritório de Projetos Ricardo Di Cavalcanti - um dos mais Gabaritados do Nordeste sediado em
Pernambuco - entregou ano passado proposta ao Governo da Paraiba afirmando que existem grandes
investidores internacionais interessados em implantar um Porto de Águas Profundas na Paraiba, mas
até hoje não recebeu convite para audiência com o Governador.
Lembrem-se que os investimentos por PPPs atraem algo em torno de R$ 3 bilhões. |
Fonte: WSCOM
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