AFINAL, A PARAÍBA GANHOU UM MINISTÉRIO. E DAÍ?…


João Manoel de Carvalho
A escolha do deputado federal Aguinaldo Veloso Borges Ribeiro para comandar o Ministério das Cidades tem de ser recebida como um fato profundamente auspicioso para o nosso Estado apenas pela circunstancia de se tratar de um político nascido na Paraíba, ou seja pela mera coincidência de o nomeado ter em sua carteira carteira de identidade a condição, por sinal bastante honrosa da cidadania paraibana.
A indicação do nome do Dr. Aguinaldo Ribeiro não resultou de uma reivindicação do governador do Estado nem de uma indicação das lideranças políticas paraibanas, nem, muito menos, de um conjunto de reivindicações de projetos básicos de desenvolvimento econômico, que, porventura tivessem por futuro executor o deputado afinal guindado à direção daquela importante Pasta.
Nem sequer a sua ascensão ao Ministério das Cidades ocorreu por uma livre escolha da presidente Dilma Rousseff. Ela se viu compelida a nomear o parlamentar paraibano em função da indicação do diretório nacional do Partido Progressista (PP0 e em função de o Sr. Aguinaldo Ribeiro exercer a liderança da legenda na Câmara Federal.
É lícito considerar que , no episódio de sua sagração aquele alto posto da administração do país, há, sem dúvida, méritos da parte do jovem político, que, em seu primeiro mandato, foi alçado à condição de líder de uma legenda partidária no Congresso Nacional, revelando as suas virtudes de hábil articulador político.
A sua indicação para o Ministério do governo Dilma Rousseff não pode ser comemorada como uma comprovação de força política do nosso Estado, que não teve voz nem participação na sua escolha para aquele Ministério, que terminou se consumando como consequência de articulações políticas restritas restritas ao âmbito político da Capital Federal, sem qualquer ingerência das lideranças políticas paraibanas.
O fato de um paraibano integrar um dos mais elevados postos na administração do país é, obviamente, honroso pra todos os paraibano, mas pouco ou quase nada tem a ver que tal honraria implicasse benefícios para os paraibanos.
Tivemos outros nomes do Estado alçados ao Ministério da Integração Nacional, no passado, como os dos senhores Cícero Lucena e Ney Suassuna e não se tem notícia de que aquelas indicações tivessem se revertido em ações concretas em benefício do Estado.
O importante agora é que o Governo e as lideranças políticas paraibanas, independente de questões político-partidárias se unam para levar ao novo ministro das Cidades as reivindicações essenciais do Estado e suas exigências mais prementes dos seu desenvolvimento econômico e social para que a presença dele naquele alto posto do Governo Federal se expresse em realizações efetivas em favor da melhoria das condições de vida do povo paraibano, mais particularmente no âmbito do saneamento básico e da habitação popular.

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