Empresários pedem garantia de vida após denúncia de suposto esquema de corrupção na Campanha de 2010


Da Redação
Empresários pedem garantia de vida após denúncia de suposto esquema de corrupção  na Campanha de 2010
Fernando Rodrigues
ClickPB
Os empresários Daniel Cosme Guimarães Gonçalves e Flávio Rodolfo Pinheiro Lima protocolaram na tarde desta quinta-feira (1), na sede da Polícia Federal pedido de garantias de vida devido as denuncias feitas na sessão especial da Assembleia Legislativa contra o governador Ricardo Coutinho (PSB)  envolvido em um suposto de "desvio" de recursos para o Caixa Dois da campanha eleitoral de 2010.
O documento, subscrito pelos deputados André Gadelha (PMDB); Janduhy Carneiro (PPS); Frei Anastácio (PT), Guilherme Almeida (PSC) e Daniella Ribeiro (PP), solicitam da Superintendência da PF na Paraíba, que sejam asseguradas todas as garantias necessárias à preservação da integridade dos dois empresários.
Por telefone, o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) reforçou o pedido  aos delegados plantonistas e revelou que está levando ainda hoje o caso ao Ministério da Justiça.
Na saída, após protocolar o documento, Daniel Gonçalves, revelou que apesar do pedido não se sentia seguro. "Só vou me tranquilizar quando os culpados forem punidos", disse Daniel ao revelar que está de 'malas prontas' para Brasília para reiterar  o pedido de garantias de vida ao Ministério da Justiça.
O empresário reafirmou suas denúncias contra membros do governo Ricardo Coutinho e, segundo ele, os fatos serão revelados em breve.
Daniel Gonçalves ainda se colocou a disposição da Assembleia Legislativa paras, instalada CPI para apuar possível uso da máquina da Prefeitura Municipal de João Pessoa no pleito do ano passado.
No início da tarde de hoje, durante sessão especial da AL os  deputados Janduhy Carneiro e Aníso Maia  pediram  que a Assembleia Legislativa abra uma CPI para investigar a Prefeitura de João Pessoa, além da quebra de sigilos bancário e fiscal de pelo menos seis ex-auxiliares do atual governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), quando era prefeito da Capital.
Os secretários envolvidos no suposto esquema de corrupção são:   Ariane Sá, Ricardo Madruga, Alexandre Urquisa, Edvaldo Rosas, Livânia Farias e Coriolano Coutinho, irmão do ex-prefeito.
De acordo com a denúncia, os seis teriam participado do processo de empenho e pagamento de R$ 2,3 milhões a Pietro Harley. O dinheiro seria da aquisição de livros à New Life, empresa de Daniel.
Entenda o Caso
O empresário, Daniel Cosme Guimarães Gonçalves, que se tornou conhecido pela mídia após a publicação de um vídeo onde fez denúncias gravíssimas, publicadas na revista Época, envolvendo o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), no suposto "desvio" (como afirma o empresário) "de recursos para o caixa dois da campanha" do socialista, deu sequencia as acusações contra a gestão no estado e disse que documentos exibidos na imprensa, onde aparece sua assinatura são falsos. "A procuração pública em meu nome, apresenta na imprensa, é falsa e estou solicitando exame grafotécnico em Brasília". E completou: "Não tenho firma reconhecida no cartório de onde saiu a procuração exibida pela imprensa".
Outro fato questionado pelo empresário foram os motivos que levariam a prefeitura de João Pessoa, à época governada por Ricardo Coutinho, a ter uma conta em Santa Luzia para movimentação de recursos do Fundeb. "Eu pergunto ao senhores, porque uma prefeitura como a de João Pessoa, teria uma conta do FUNDEB em Santa Luzia", questionou. E foi ainda mais longe, ao lembrar que um primo do vice-governador é gerente da agência onde o cheque foi sacado. "Existiu sim a facilitação deste pagamento ilegal por parte do gerente da agência de Taperoá, o qual fiquei sabendo que é irmão do vice-governador, Rômulo Gouveia. Este desfecho foi criminoso!". E prosseguiu: "Tudo foi sacado Às vésperas das eleições e foram feitas transferências, que podem comprovar a existência de um Caixa Dois".
Além de fazer acusações contra Alexandre Urquiza, Edvaldo Rosas e nomes que já foram citados, Daniel disse que o secretário de comunicação, Nonato Bandeira seria uma espécie de consultor do homem que operaria todo esquema de "corrupção", Pietro Harley. "O senhor secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, é consultou de Pietro". E emendou:  "Pietro vive andando com o irmão do governador, Corilano Coutinho. Existe um esquema de desvio de verba comandado operado por Pietro Harley na prefeitura de João Pessoa e no governo da Paraíba".
Em um dos momentos mais descontraídos do depoimento, Daniel fez uma provocação ao prefeito de João pessoa, Luciano Agra, que disse que a briga de Daniel e Pietro seria uma "briga de comadres". "Não é briga de comadres, não! Meu gênero é masculino e continua sendo. Se ele (Luciano Agra) tem crise de identidade o problema é dele", arrematou. 
A bancada de oposição insiste na instauração de uma CPI para investigar o caso.

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