Em crise administrativa, Prefeitura de Caaporã vai torrar mais de R$ 1 milhão com criação de novos cargos e gratificações

 

Em meio a uma grave crise na saúde, educação, segurança e infraestrutura, a Prefeitura de Caaporã tenta aprovar na Câmara Municipal o Projeto de Lei Complementar nº 001/2025, que reformula toda a estrutura administrativa do Poder Executivo. Sob o pretexto de “modernizar” a gestão, o projeto prevê a criação de dezenas de novos cargos comissionados, aumento de salários e expansão de secretarias, elevando a folha de pagamento para mais de R$ 1 milhão por mês .

O texto encaminhado pelo prefeito Chico Nazário cria novas secretarias, subprefeituras e departamentos. Só a nova Secretaria de Promoção de Eventos contará com nove cargos, consumindo R$ 29,3 mil mensais. Já a Subprefeitura Regional de Cupissura terá 15 cargos, custando R$ 35,2 mil mensais. Além disso, estão previstos 19 cargos de Secretário Executivo com salários de R$ 6 mil, gerando um impacto de R$ 114 mil todos os meses .

O projeto ainda prevê gratificações que podem dobrar os salários, ampliando o rombo nos cofres públicos. Enquanto isso, moradores denunciam a precariedade no atendimento médico, falta de manutenção em escolas e postos de saúde.

Tribunal de Contas já alertou sobre contratações

Recentemente, o Tribunal de Contas do Estado emitiu um alerta sobre contratações temporárias excessivas no município. Agora, com a aprovação dessa reforma, a situação pode se agravar, levantando suspeitas sobre o real interesse da administração: atender ao povo ou criar cabides de emprego?

Perguntas que não podem calar

• É justo criar cargos de luxo enquanto falta medicamento nos postos de saúde?

• Como justificar um gasto milionário enquanto a população sofre sem serviços básicos?

• Onde está o compromisso com a responsabilidade fiscal?

Para muitos moradores, a proposta é um desrespeito flagrante com quem convive diariamente com buracos, falta de remédios e insegurança.

Este é um projeto que pode sangrar os cofres públicos de Caaporã e precisa ser amplamente debatido.

A população exige respostas e cobra dos vereadores coragem para barrar um pacote que, ao invés de beneficiar a cidade, parece privilegiar interesses políticos e pessoais.

Cadê o respeito e a responsabilidade com o povo de Caaporã?