Bebê de 11 meses com bronquiolite e pneumonia morre na fila de espera por leito de UTI em hospital no Recife

 

SEVERINO SOARES/JC IMAGEM
Hospital Barão de Lucena, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, é referência no atendimento de crianças com quadros respiratórios - FOTO: SEVERINO SOARES/JC IMAGEM

             

Num cenário de avanço dos vírus respiratórios entre recém-nascidos e crianças, de dificuldade de atender esses pacientes com leitos de terapia intensiva, de falta de pediatras intensivistas e de cirurgiões pediátricos, um bebê de 11 meses foi a óbito, nesta segunda-feira (23), no Hospital Barão de Lucena (HBL), na Iputinga, Zona Oeste do Recife. 

A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES). A pasta informou que o paciente tinha um histórico de prematuridade (nasceu com 28 semanas de gestação) e já havia passado por três meses de internamento em unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal.

"Chegou à unidade de saúde (HBL) em estado grave. Estava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Curado (Zona Oeste da cidade) e foi transferido para a emergência pediátrica do HLB no último sábado (21) com insuficiência respiratória", diz, em nota, a SES. 

Segundo a secretaria, ele foi internado de imediato, com diagnóstico de bronquiolite viral aguda (causada pelo vírus sincicial respiratório, o VSR - que tem predominado atualmente entre as crianças com quadros respiratórios), anemia e pneumonia.

"O paciente foi intubado e colocado em ventilação mecânica. Já estava com acesso venoso central, por onde recebia as medicações. Nesta segunda (23), infelizmente, apresentou bradicardia (ritmo cardíaco irregular ou lento), tendo parada cardíaca, sem resposta a manobras." A direção da unidade acrescenta que se solidariza com a família "neste momento de dor e se coloca à disposição para qualquer tipo de esclarecimento.

Na última semana, ao ser questionado sobre mortes neste período de aumento de casos de doenças respiratórias na infância, o secretário Estadual de Saúde, André Longo, ressaltou que, "em situações excepcionais, de epidemia, como esta que estamos vivendo, sempre haverá infelizmente perdas de vida". Ele também destacou que lamenta a ocorrência de mortes e que Pernambuco tem aumentado o volume de leitos de terapia intensiva (UTI). 

JC ONLINE

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