Motorista dá sua versão sobre Paciente em tratamento contra o câncer abandonada na BR-101 após reclamar do atraso de veículo da Prefeitura de Alhandra

 

A paciente oncológica e moradora de Mata Redonda, em Alhandra, Dona Gorete, denunciou através de um vídeo postado nas redes sociais que foi abandonada na BR-101 pelo motorista que presta serviço à Secretaria Municipal de Saúde de Alhandra, após reclamar do atraso.

Segunda ela, todos os dias precisa do transporte para realizar quimioterapia e radioterapia no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, e sempre chega atrasada devido ao atraso dos motoristas.


Nesta quinta-feira (14), em mais um dia de luta pela vida, ela estava às 09h aguardando o transporte conforme o combinado e o veículo só chegou para buscá-la às 10:30h. Ao entrar, ela reclamou, pois, no Laureano há pessoas de todos os lugares da Paraíba para realizar os mesmos procedimentos e por isso o horário tem que ser cumprido.

Ela informou também que o seu neto que é autista passa pelo mesmo sofrimento para se deslocar para João Pessoa e realizar tratamentos, tendo em vista que falta transporte disponibilizado pela gestão municipal que é uma obrigação e não um favor.

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Dona Gorete confirmou que teve uma discussão com o motorista e ele realmente pediu para ela descer do veículo na BR-101.

Cansada, com dores e no meio da rua, foi assim que uma idosa foi tratada por quem deveria cuidar e entender que estão lhe dando com seres humanos no momento mais vulnerável da vida.

“Eu estou doente, com dores, nunca que eu iria querer ficar no meio da rua. Eu quero viver e todos os dias preciso desse transporte, é uma obrigação por lei, não é favor. Estão dizendo que a Prefeitura não irá mais me atender com o transporte, então vou ao Ministério público amanhã buscar meus direitos”, disse a paciente.

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O OUTRO LADO


O motorista identificado como Gilson Gomes negou a acusação. Ele relatou que a idosa pediu para sair do veículo após a discussão.


“Essa mulher entrou no carro alterada, falando alto e simplesmente eu pedi que ela se acalmasse e que respeitasse quem estava dentro do carro e me respeitasse como motorista. E essa mulher começou a gritar, disse que a boca era dela, chamou palavrão e disse que ninguém podia calar a boca dela. Eu disse que dentro do meu carro eu não admito que ninguém fale alto, pois eu nunca desrespeitei ninguém. E ela pediu para parar o carro, disse que iria descer porque não queria seguir viagem comigo”, afirmou o profissional.


Em contato com o Portal do Litoral pacientes confirmaram os constantes atrasos dos veículos que os levam para tratamento e isso prejudica muito, mas não querem se expor para não perderem o transporte.


Na nota publicada, a Prefeitura de Alhandra já se posicionou a favor do motorista mesmo sem apurar o fato, e publicou a versão de outras duas pacientes que negaram o abandono na BR.

Portal do Litoral PB



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