Menor se apresenta, confessa que tomou cerveja e dirigia carro que provocou acidente com sete pessoas e uma morte

O adolescente de 17 anos que seria o condutor do veículo que se envolveu em um acidente na Av. Epitácio Pessoa, na noite do último domingo (21), culminando na morte de Daniele de Lima, 23 anos, prestou depoimento à polícia na tarde desta quarta-feira (24), em João Pessoa.
Após a colisão, o menor fugiu do local da batida. De acordo com o delegado Gustavo Carleto, ele se apresentou espontaneamente e alegou que havia ingerido bebida alcoólica na noite da tragédia, mais especificamente cinco latas de cerveja de 350 ml. Ele também assumiu que era o condutor do automóvel.
“Ele confirmou que realmente estava dirigindo o veículo e que vinha a 100, 110 km/h na Av. Epitácio Pessoa, quando na tentativa de desviar de um veículo que havia parado no sinal que dá para a Av. Ruy Carneiro, terminou puxando o carro para a direita. O veículo então rodou e veio a colidir em um poste no canteiro central da Epitácio. Isso daí causou o lançamento da menina para fora do carro e culminou na morte dela”, disse o delegado.
Gustavo Carleto explicou ainda que, segundo o adolescente, o carro de modelo Ford Focus era seu, e que mesmo não tendo idade suficiente para guiá-lo, havia comprado o automóvel com seu próprio dinheiro e com a ciência da família, em uma feira da capital paraibana.
“Em relação ao carro, a gente ainda está investigando a origem. Ele relatou que adquiriu esse carro na feira de Oitizeiro ao valor de R$ 8 mil, uma versão estranha. A polícia vai continuar a investigação sobre a origem, para ver se alguém forneceu o carro, e aprofundar em relação a isso. Ele não tem o documento do veículo, então isso vai ser parte de uma investigação. A polícia vai aprofundar esse relato dele, que aparentemente é estranho”, acrescentou.
Quanto aos procedimentos cabíveis a partir de agora, o delegado afirmou que os próximos passos consistem em a Polícia Civil investigar se a versão do adolescente corresponde à verdade. Gustavo Carleto confirmou que, mesmo sendo menor de idade, o jovem pode ser penalizado pela morte da vítima, e que ele não será apreendido porque se apresentou espontaneamente e o período de flagrante já havia passado.
Com T5

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