Temer agradece Paulo Câmara por apoio: "Ele me apoiou durante todo o período da questão do afastamento da senhora ex-presidente, não é?"

Em entrevista ao apresentador Geraldo Freire, da Rádio Jornal, o presidente Michel Temer, do MDB, não poupou elogios ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, do PSB, que conta com o tempo de TV do Partido de Temer para seu Guia Eleitoral e com Jarbas Vasconcelos, também do MDB, na sua chapa para o Senado, ao lado do petista Humberto Costa.

Segundo Temer,  Paulo sempre foi "gentilíssimo" com ele e nunca deixou de acompanhá-lo em suas agenda a Pernambuco, citando as idas às obras da Transposição como exemplo: "Nosso próprio  governador, gentilíssimo, o governador Paulo Câmara, né, você sabe que não houve momento em que eu fosse aí a Pernambuco, na história da Transposição, por exemplo em que ele não estivesse comigo,  não houve momento em que ele pedisse o auxílio das chamadas Forças Armadas para garantia da Lei e da Ordem, que eu imediatamente deferia, o que resultava em agradecimento que ele me fazia, aliás, desde o primeiro momento ele deu esse apoio, você se lembra do episódio do impeachment, né, quando os deputados ligados a ele, todos votaram pelo impeachment, sem que eu fizesse qualquer pedido".

Informado por Geraldo Freire de que Paulo Câmara apesar de se mostrar grato e gentil com Temer do privado, em público "só faltava chamá-lo de 'arroz doce", furtando-se de todas as responsabilidades pelos problemas do Estado para jogá-las no colo do governo Temer, o presidente respondeu que tinha estrada política e que compreendia o governador, que este estava em campanha eleitoral e que precisava de "alguém em quem bater". Temer disse que Pernambuco fora um dos Estados talvez mais beneficiados por recursos em seu governo, inclusive com a repactuação da dívida dos Estados com a União, que teria a gestão Paulo Câmara como uma das maiores beneficiárias. Disse que em matéria de habitação, Pernambuco teria sido "dos mais aquinhoados".

"Agora vamos compreender o governador, ele está em período eleitoral, ele me apoiou durante todo o período da questão do afastamento da senhora ex-presidente, não é? Vamos compreender a posição dele. É natural considerar que depois da eleição ele se pacifica. Eu não tenho dúvida disso."

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