Exposição "Presente do Passado", do artista Vidal de Sousa acontece de 20 a 23/12 em Goiana-PE

PRESENTE DO PASSADO

¾ do planeta é de água. A história do surgimento da vida está ligada a água. O desenvolvimento humano após a fecundação é realizado na água. O ser humano e tantas outras vidas na terra não sobrevivem sem a água.

Água/Vida/Nascimento/Criação/Sobrevivência
 
É nessa plataforma simbólica da água que as imagens são projetadas, nos lançando para um ambiente amplamente distante, com o cheiro do onírico, na sala escura da lembrança, onde tomamos um antídoto para um lapso de esquecimento. O vidro tem o poder da transparência. Se invisibiliza para dar notoriedade ao elemento ao qual acomoda, moldando sua forma aparente e adicionando reflexos. Ao visualizar as imagens nesse elemento líquido de memória, instala-se uma tensão, uma fissura, um impacto, pois, as imagens retratam uma captura de movimentos do cotidiano. Essa apreensão nos impulsiona a esse limbo lugar do presente do passado. 

A vídeo instalação convida o observador a navegar num universo entre o cinema e as salas tradicionais de exposição de arte. Tem como sua gênese a relação entre a obra, observador e o espaço, sendo esse mais uma dimensão da experiência artística. As obras são inseridas em um ambiente e nessa ação assomasse um firmamento, uma cena com ecos minimalistas na qual o observador é imergido e busca uma direção, percorrendo o lugar com a autonomia de quem deseja construir um ponto de vista. 

A popularização dos Smartphones é um divisor de águas na história da humanidade. Esses aparelhos, imbuídos de câmera, microfone e aplicativos de edição de foto e vídeos, além de acesso a redes sociais para compartilhamento de conteúdo se apresentam como um solo fértil para germinação artística da segunda década dos anos 2000. Os videoartes apresentados são construídos nesse recorte histórico e captam um lapso de intersecção entre arte e vida na impureza do cotidiano. 

Vidal de Sousa


Ao ser questionado se dois corpos podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, eis a resposta: “Depende de quem olha e de onde olha.” 

Vidal de Sousa, multi-artista pernambucano é uma verdadeira profusão de sentidos. Um ser em efervescência que, para viver, respira arte a cada inflar dos pulmões. Sua expressão artística é inerente a sua essência e surge em sua infância, como um auxílio para interpretar o cotidiano. Desde cedo, desenvolveu seu corpo sensorial para falar, gritar, sorrir e chorar por meio de arte, único modo de olhar o mundo e, por meio dessa observação, deixar pulsar e soar suas dores, afetos, algo que atravessa o mais profundo de seu ser. 

Sentir a arte de Vidal é como mergulhar em um mar de profundeza inimaginável, água que brota e flui em rios de música, poesia, ilustração, fotografia, audiovisual, performance, e de toda estrutura onde haja espaço. Uma expressão artística capaz de transmitir todos os ângulos de sua vida, num a bússola sem a prisão dos ponteiros. Arte que se desfragmenta, que movimenta e se estrutura em vivências. Seu conceito artístico é impossível definir-se, isso não lhe cabe em princípio. 

Vidal de Sousa é múltiplo, plural e vive as possibilidades de sentir a vida pela arte, sejam por aspectos que provocam reflexões político-sociais, sejam na imersão em pesquisas estéticas, ou em experiências orgânicas. Sejam por meio do registro de sentimentos e memórias, seus olhares transitam e captam o que ferve ao seu redor e toda a combustão que lhe incinera o âmago. 

Em seu modo de fazer a arte é possível perceber estruturas que dialogam entre si. Vão desde pontos minimalistas, surreais, modernos e contemporâneos. São camadas, colagens e texturas, num movimento experimental continuo em expansão, compostas por estes fragmentos humanos que são tão próprios da espécie: o desafio de existir numa sociedade que deflagra em informações, sentidos, dores e amores. Essencialmente, Vidal de Sousa é visual, eis o sendo que lhe transfere mais sensibilidade, no qual ele nutre todas as outras possibilidades que geram arte. 

Todo dia o mundo muda, e o artista anseia por essas transformações sem medo de mergulhar no novo. Atualmente, utiliza a vídeo instalação como linguagem e que convida o observador a navegar num universo entre o cinema e as salas tradicionais de exposição de arte. Tem como sua gênese a relação entre a obra, observador e o espaço, sendo esse mais uma dimensão da experiência artisca. As obras são inseridas em um ambiente e nessa ação assomasse um firmamento, uma cena com ecos minimalistas na qual o observador é imergido e busca uma direção, percorrendo o lugar com a autonomia de quem deseja construir um ponto de vista. 

A popularização dos Smartphones é um divisor de águas na história da humanidade. Esses aparelhos, imbuídos de câmera, microfone e aplicativos de edição de foto e vídeos, além de acesso a redes sociais para compartilhamento de conteúdo se apresentam como um solo fértil para germinação artística da segunda década dos anos 2000. Os videoartes apresentados são construídos nesse recorte histórico e captam um lapso de intersecção entre arte e vida na impureza do cotidiano.



Assessoria

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