Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 mi a Joesley Batista, da JBS
Os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley gravaram o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pedindo R$ 2 milhões a Joesley, segundo informações do colunista Lauro Jardim no jornal O Globo.
A denúncia é parte de uma delação dos irmãos Batista que ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. O depoimento foi dado à Procuradoria-Geral da República em abril, e na quarta-feira da semana passada, dia 10, o conteúdo foi comunicado ao ministro do Supremo Edson Fachin.
O diálogo em que Aécio foi gravado aconteceu no hotel Unique, em São Paulo, no dia 24 de março. Na gravação, o tucano diz que irá contratar o criminalista Alberto Toron para defendê-lo na Lava Jato. O jornal detalha como foi o diálogo: “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs o empresário. O senador respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”.
Aécio indicou seu primo, Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Por acaso, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. Foram entregues quatro “malotes” de R$ 500 mil. Se a cena em si já não fosse suficientemente constrangedora, ela foi filmada pela Polícia Federal.
Segundo o jornal O Globo, a PGR diz que tem elementos suficientes para afirmar que o dinheiro não foi repassado a advogado algum. O dinheiro foi rastreado e a PF verificou que ele foi depositado na empresa Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, que pertence ao senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Com informações do UOL.
