Dia de ver o eclipse total da superlua de sangue

Fenômeno raro ocorreu pela última vez há 33 anos

Sombra da terra vai cobrir o satélite por mais ou menos uma hora, conferindo uma cor avermelhada / Yoshikazu Tsuno/ AFP

Sombra da terra vai cobrir o satélite por mais ou menos uma hora, conferindo uma cor avermelhada

Yoshikazu Tsuno/ AFP

Um fenômeno astronômico raro, ocorrido pela última vez há 33 anos, poderá ser vislumbrado na noite de domingo (27). Não bastasse o misticismo que envolve a lua de sangue - efeito causado pela refração dos raios solares que atravessam a atmosfera terrestre, exceto os vermelhos -, quem olhar para o céu testemunhará a combinação fantástica de um eclipse total com uma superlua.
O astrofísico da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Antonio Carlos Miranda explica que a Lua parece maior porque está 50 mil quilômetros mais próxima da Terra. “Nós veremos o satélite 15% maior e 30% mais brilhante que o usual”, adianta. O fenômeno deve começar por volta das 23h11 (horário de Brasília) e se estender até 0h23, do continente americano até o Oriente Médio.

INFOGRÁFICO

Lua de sangue
No Recife e Olinda, o Espaço Ciência e a UFRPE montaram uma extensa programação para o publico desejoso de observar o fenômeno. Na Torre Malakoff, além de telescópios e monitores para prestar informações, o astrofísico Antonio Miranda organizou um luau, como direito a seresta e tudo. A “concentração” começa às 18h. “Só vamos sair de lá depois do nascer do sol”, garante.
Já o Espaço Ciência concentrou todas as atividades no Observatório da Sé. Como prévia para o eclipse, quem for ao observatório poderá apreciar a exposição A última fronteira - o 1º andar é todo dedicado à Lua - e participar de jogos lúdicos de astronomia. A observação propriamente dita começa às 22h30 e segue até 1h30. “É um momento muito propício para as pessoas aprenderem sobre a dinâmica celeste”, acredita o diretor do Espaço Ciência, Antonio Carlos Pavão, acrescentando que todos podem levar seus binóculos.
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O observatório também vai propor alguns desafios para testar o conhecimento do público. “Vamos fazer duas perguntas. Na primeira, mais fácil, os presentes terão de dizer onde está o Sol. Na segunda, mais complexa, devem responder porque não ocorre eclipse todo mês, embora a Terra fique entre o Sol e Lua pelo menos uma vez nesse período”, adianta Pavão. A entrada, tanto no Observatório quanto na Torre Malakoff, é gratuita. 
Quem perder a oportunidade de apreciar o eclipse total da superlua terá que esperar até 2033, quando o fenômeno voltará a se repetir. O evento está relacionado à órbita ligeiramente elíptica do satélite: a Lua gira ao redor da Terra, mas faz isso em um círculo formando um ovo, que se afasta, mas está constantemente em nosso planeta.
LERO & FILHOS


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