Ataque de drone dos EUA matou reféns no Paquistão
Um americano e um italiano, sequestrados pela Al Qaeda, foram mortos. O presidente americano, Barack Obama, desculpou-se pelo erro: "Assumo toda a responsabilidade"
Um bombardeio feito por um drone – aeronave não tripulada – da agência de inteligência dos Estados Unidos (CIA) matou dois reféns da Al Qaeda em uma região na fronteira doPaquistão com o Afeganistão em janeiro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (23) por ordem do presidente americano, Barack Obama. Ele afirmou que as famílias das vítimas tinham direito de saber a verdade e que os Estados Unidos são uma "democracia comprometida com a transparência em momentos bons e ruins", segundo a CNN.
Os reféns mortos foram o americano Warren Weinstein e o italiano Giovanni Lo Porto. "Como presidente e comandante em chefe, eu assumo toda a responsabilidade por todas as nossas operações de contraterrosimo, incluindo essa que acidentalmente tirou as vidas de Warren e Giovanni", disse Obama.
De acordo com reportagem do Washington Post, as autoridades americanas não perceberam até semanas após o ataque que dois civis haviam morrido. Os dois trabalhavam com ajuda humanitária na região. Houve um erro da CIA, que garantiu, no momento da operação, que não havia não combatentes no local. A agência vigiou a área por centenas de horas antes do ataque e acreditava que somente quatro suspeitos da Al Qaeda estavam ali quando osdrones lançaram seus mísseis. Depois, eles observaram que seis corpos foram retirados, em vez dos quatro esperados.
Weinstein era refém dos terroristas desde 2011. Lo Porto foi capturado em 2012.
Outra surpresa para a CIA foi descobrir que, entre os mortos, estava outro americano: Ahmed Farouq, líder do braço da Al Qaeda no subcontinente indiano. Os agentes não esperavam que ele estivesse no local.
Adam Gadahn, outro americano em posição de liderança na rede terrorista, foi morto por ataque de drone na mesma região, mas em outra operação.
REDAÇÃO ÉPOCA

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