Homem que atirou contra carro de reportagem é preso em Vespasiano

Técnico em eletrônica foi detido nesta manhã enquanto dormia, durante operação da Polícia Civil

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou na manhã desta quinta-feira (23), o técnico em eletrônica Paulo Cezar da Silva, 26, suspeito de ter atirado contra o carro da reportagem de O TEMPO/SUPER NOTÍCIA em julho do ano passado.
Ele foi preso enquanto dormia, em uma casa nacidade de Vespasiano, na região metropolitana. De acordo com o delegado Sérgio Paranhaes da Delegacia de Homicídio de Vespasiano, durante uma operação da Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira, conseguiram fazer a prisão de Silva, cumprindo mandado de prisão preventiva.
Paranhaes afirmou que já sabiam onde Silva se escondia, mas como ele não parava no local para despistar a polícia, esperararm o melhor momento para detê-lo.
Relembre o caso
Um condutor que dirigia de maneira irresponsável pela avenida Cristiano Machado sacou uma pistola e disparou contra o carro do jornal ao perceber que era fotografado.
O veículo do jornal transitava pela avenida no sentido centro, na região de Venda Nova, por volta das 13h do dia 12 de julho de 2013, quando o motorista do Uno prata começou a provocar, acelerando e freando seguidamente. A situação se estendeu por cerca de cinco minutos até que o motorista da reportagem reagiu piscando o farol e permanecendo na faixa. Diante da irresponsabilidade e pensando em fazer uma matéria de trânsito, o fotógrafo, que seguia no banco do carona, registrou as imagens do Uno.
Ao perceber o flagrante, o homem se irritou e decidiu dar passagem ao carro da reportagem. Ao passar pelo Uno, o fotógrafo fez novamente uma imagem do motorista. A ação foi o estopim para que o homem emparelhasse o veículo e gritasse alguns palavrões. Em poucos segundos, ele sacou uma arma e, sem pestanejar, atirou contra o carro.
Após o tiro, o Uno seguiu em disparada, cortando de forma perigosa os demais veículos que também seguiam na Cristiano Machado. Poucos metros adiante, o motorista do jornal percebeu que a bala havia atingido o pneu dianteiro esquerdo. A equipe parou, efetuou a troca e acionou a Polícia Militar.
“Na hora em que vi a arma, pensei que fotografá-lo seria uma forma de me defender e de intimidá-lo. Talvez assim ele pudesse não atirar. Sei que corri muito risco, mas não me arrependo de ter feito a imagem. Foi também uma forma de registrar uma violência como essa”, disse o fotógrafo. Quatro dias depois de atirar contra uma equipe de reportagem Silva, acompanhado de sua advogada, se apresentou na delegacia de homicídios de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Apesar do crime ter sido registrado pelo fotógrafo da empresa, o suspeito foi ouvido e liberado porque não havia mais o flagrante e o mandado de prisão ainda não havia sido expedido. A arma usada durante a ação não foi apresentada.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Fabíola Alessandra Batista de Oliveira, era por volta das 14h15 quando o técnico chegou à delegacia e prestou depoimento por quase 2 horas. Segundo ela, Silva disse que havia saído da casa onde mora, em Vespasiano, na região metropolitana, para comprar peças para o carro da sua sogra. Acompanhado de uma amante, ele passava pela avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Floramar, na região Norte, quando viu um radar, freando bruscamente, em frente ao carro da reportagem.
“Ele negou que estivesse fazendo manobras perigosas. Ao ver que o carro piscou farol, se irritou e foi tirar satisfações com o motorista. Nervoso, pegou a arma e atirou”, explicou Fabíola. Além disso, o suspeito contou que estava andando armado porque estaria sendo ameaçado por um desafeto relacionado a uma questão passional que, inclusive, teria um carro da mesma cor e modelo da reportagem. Silva disse também que, ao ver a câmera do fotógrafo, pensou que fosse uma arma e não viu o veículo plotado com os símbolos de O TEMPO/SUPER NOTÍCIA.
Em entrevista à rádio Itatiaia, o atirador informou que adquiriu a arma na Bahia, Estado em que nasceu, e negou que tenha envolvimento com o tráfico de drogas. Ele disse que a situação acabou com a vida dele e que a sua família estava arrasada. Além disso, Silva informou que é trabalhador e que estava arrependido. O jovem pediu desculpas à sociedade e contou que não teve intenção de prejudicar o trabalho da imprensa.
IG
WSCOM Online

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