Perita que analisaou caso PC Farias diz que houve homicídio seguido de suicídio

Depois do homicído, Suzana Marcolino teria, então, tirado a própria vida

A perita do IC/AL (Instituto de Criminalista de Alagoas) Anita Buarque de Gusmão afirmou que PC Farias foi morto por sua então namorada, Suzana Marcolino. A companheira de PC, então, teria cometido o suicídio. A perita prestou depoimento nesta quarta-feira (8) durante o julgamento dos quatro seguranças que estavam na casa de PC na noite do crime, em 1996. Anita foi a primeira a chegar ao local onde os corpos estavam.
Segundo ela, os exames residuais nas mãos de Suzana Marcolino deram positivo para "pólvora combusta", ou seja, de acordo com a perita, a namorada de PC teria efetuado disparos de arma de fogo. Ela disse que o teste foi feito duas vezes os testes e que ambos deram os mesmos resultados, positivo para pólvora.
"Fizemos exames residuais nas mãos de Suzana e deu positivo. Já os testes nas mãos de PC não tinha nada", disse.
"A primeira imagem que vi foi pela janela, a cena do casal morto no quarto. Fizemos a simulação e concluímos que na primeira dinâmica que houve um assassinato e um suicídio", disse a perita, ou seja, para ela, Suzana matou PC e em seguida se matou.
"Não havia sangue na arma. Mas não sabemos o tempo que Suzana ficou agonizando até morrer", disse Anita, reforçando que "os exames dos corpos da vítima e a arma foram feitos em Salvador e os demais em São Paulo".
Sobre possíveis impressões digitais na arma, a perita disse que o material que havia no revólver não era bom. "Existiam fragmentos de impressões. Quando havia impressões borradas [no local do crime e na arma] colocávamos que não havia impressão nenhuma", disse.
Cena do crime
Para Anita, não houve nenhuma alteração na cena do crime. "Já tinhamos uma dinâmica do que tinha acontecido pelo que vimos na cena."
Em exame mais aprofundado, realizado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), feito pelo perito Bardan Palhares, foi observado que havia resíduos de chumbo e nitrato nas mãos de PC e Suzana, porém a perita afirmou que esses exames foram mais precisos e podem ter detectados pártículas de pólvora quando PC foi atingido pelos tiros supostamente deflagrados por Suzana Marcolino.
UOL

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