RICARDO, NÃO ADIANTA ENFRENTAR O POVO!


Nilvan Ferreira
Eu bem que avisei. A cada dia que passa, a cada medida adotada pelo governador Ricardo Coutinho, quase sempre em confronto com os interesses dos mais diversos setores da sociedade paraibana, a tendência é que o nível de isolamento do governo seja muito mais latente. O que, na verdade, é algo extremamente preocupante do ponto de vista da governabilidade e sua consequências.
Um governante que vê a sociedade, suas entidades, as demais instituições - legislativo e judiciário, dando sinais claros de insatisfações, deve elevar o nível de atenção e cuidar para que a coisa não tome um caminho sem volta. E estes sinais já estão evidentes. Só o governador parece não perceber ou se faz de inocente. O fato é que aliados do governador já fizeram o alerta. Muitos estão preocupados com a onda de revoltas que vem sendo vítima o governador Ricardo Coutinho.
Nos últimos dias, por onde tem passado, seja na capital ou no interior do estado, Ricardo tem sido hostilizado pela população. E isto não é nada bom para um governante no seu segundo ano de gestão. A preocupação é que o governador não pode permitir que estas atitudes terminem se transformando em "moda", em tendência e modalidade de protestos contra o seu governo. Nas redes sociais há princípio de manifestações radicais contra o governo e suas atitudes. Nos bastidores, categorias importantes do funcionalismo público preparam e planejam movimentos que prometem ser a dor de cabeça da atual gestão estadual.
O governador enfrentará terríveis protestos de setores como Policia Militar, Polícia Civil, Auditores Fiscais, Médicos, Professores, além de forte resistência da comunidade acadêmica, leia-se professores e alunos da UEPB, após o anúncio de medidas que podem significar uma espécie de retrocesso no processo de autonomia da instituição, conquistado a duras penas por segmentos organizados da sociedade. Junte-se a este roll milhares de outros servidores, que foram vítimas de demissão em massa em 2011 e 2012.
A grande questão é que o próximo mês de março, ao que tudo indica, poderá ser um mês "sombrio" para o governador e seu governo. Deve vir coisa pesada e com desdobramentos incalculáveis. Será a maior queda de braços que se assistiu na recente história administrativa da Paraíba. Será uma espécie de Ricardo Coutinho versus a sociedade e a decisão do placar entre vencedores e perdedores pode custar a tranquilidade do governo para os próximos anos. Não serão dias de paz. O horizonte merece atenção redobrada e todos temos que estar de antenas ligadas nos próximos.

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