Correio Braziliense destaca atuação de Cícero Lucena em artigo sobre desativação de lixões


Correio Braziliense
Correio Braziliense destaca atuação de Cícero Lucena em artigo sobre desativação de lixões
O jornal Correio Braziliense publicou no último domingo na coluna "Nas entrelinhas", um artigo em que faz referências positivas a atuação do senador paraibano, Cícero Lucena, em defesa do fim dos lixões.
Leia:
Lixo: um tema para 2012
Nas EntrelinhasCorreio Braziliense - 25/12/2011


Nos restaurantes, bares, clubes, praias, todo mundo comenta sobre o cumprimento dos prazos para entrega da infraestrutura necessária à realização da Copa do Mundo. Mas pouquíssimos mencionam que 2012 e 2014 são anos-chaves para erradicar os lixões do paísHoje pela manhã e ontem à noite, você e sua família abriram os presentes de Natal, degustaram aquela ceia, regada a vinho, champanhe, refrigerantes, sucos para as crianças. Aposto que, assim como eu, encheram uma lata de lixo com papéis de embrulho rasgados, garrafas, plásticos, etc. Como bem lembrou o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) na 12ª Conferência das Cidades, este ano, nós brasileiros produzimos 160 mil toneladas de lixo por dia. E, em muitas cidades, tudo isso vai parar num lixão, sem coleta seletiva, sem tratamento, onde catadores de lixo se expõem a doenças todos os dias.
Cícero Lucena foi relator da Lei de Resíduos Sólidos, que fixa uma série de prazos para que as autoridades municipais cumpram as determinações inscritas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos. A lei estabelece, por exemplo, que cada município elabore o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos até agosto do ano que vem. É quando começa a campanha municipal no rádio e na TV. Se não o fizerem, diz a lei, não poderão receber recursos do Orçamento da União.
No caso de prefeitos candidatos à reeleição, muita gente acha que eles ainda podem trabalhar esse projeto para não passar vexame na hora da campanha. Mas, aqueles que não pretendem concorrer, ou estão no final do segundo mandato, podem não ter a mesma preocupação.O senador, relator da lei, está preocupado. "Temo não só pelos prefeitos - que já fui um dia -, mas pela população, pois poderemos presenciar o caos em nossas cidades. Porque, volto a repetir, muitos municípios não contam com capacidade técnica para elaborar esse instrumento de gestão", diz o senador.
Os dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) apresentados na Conferência das Cidades são alarmantes: 87% do lixo brasileiro vão para os lixões que persistem em 73% dos municípios brasileiros. Apenas 13% seguem para reciclagem ou compostagem - transformação do lixo úmido em adubo. Hoje, as instituições calculam que existam mais de um milhão de catadores de lixo no Brasil, onde apenas 40% das cidades possuem coleta seletiva. E, ainda assim, esses serviços alcançam algo entre 10% e 20% dos habitantes dessas cidades. Apenas 37% dos municípios têm aterros sanitários e só 20% realizam o processo de compostagem. Ou seja, há muito o que fazer nessa área.Por falar em lixões..
.A mesma lei que fixou agosto de 2012 como prazo para definição do plano de gestão dos resíduos sólidos estabeleceu agosto de 2014 como data limite para que esse plano esteja implementado e os lixões erradicados. O tempo é mais que suficiente se isso for uma prioridade dos governos - federal, estaduais e municipais. É interessante: todo mundo fala hoje em cumprir os prazos para entrega de infraestrutura necessária à realização da Copa do Mundo. Mas pouquíssimos mencionam que 2012 e 2014 são anos-chaves para erradicar os lixões no país.E, para essa tarefa de gestão do lixo, os recursos são tão importantes quanto para as obras da Copa, sem contar o que podem promover em termos de geração de empregos.
A indústria de recicláveis, conforme a presidente Dilma Rousseff pode constatar na visita que fez a Osasco na semana passada, movimenta R$ 8 bilhões por ano. Isso com menos de um terço do lixo reciclado ou submetido ao processo de compostagem. Se houve um investimento pesado nesse setor nos próximos anos, pode-se chegar a três vezes esse valor.E, para isso, não basta a lei fixar prazos. É preciso educar as pessoas.
Hoje, muitas escolas ensinam os alunos a fazer vasos de planta e outros utensílios com garrafas pet. Mas é preciso ter em mente que os hábitos da reciclagem e separação do lixo devem começar em casa. Por isso, se ontem você ganhou um celular novo e vai jogar o velho fora, procure um ponto de coleta desses aparelhos na sua cidade. Aquele televisor velho? Doe a quem não tem nada ou procure se informar onde entregá-lo para reciclagem. E sabe dos papéis e das garrafas de que falei logo no início deste artigo? Corra! Talvez ainda dê tempo de verificar se não foram misturados aos caroços das ameixas e os restos do peru de Natal.

Comentários