PF busca empresários por fraudes em licitações de 35 prefeituras


Karoline Zilah

A Polícia Federal deflagrou uma operação na Paraíba e em São Paulo, em parceria com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal na Paraíba, na manhã desta quarta-feira (15). O objetivo é desarticular uma organização criminosa integrada por empresários, responsáveis por fraudes em licitações por meio de empresas de fachada. Num período de três anos, o grupo teria movimentado R$ 23 milhões em licitações de 35 prefeituras paraibanas.
São cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisões temporárias nos dois estados. Um dos locais vistoriados pela Polícia Federal em João Pessoa foi uma casa situada no condomínio de luxo Cabo Branco Residence Privê, entre os bairros do Altiplano e Penha.
A operação foi denominada 'Gasparzinho'. Nesta casa foram recolhidos computadores e documentos. Conforme agentes da PF que estão no local, uma pessoa teria sido presa.
Uma entrevista coletiva será concedida às 10h30 na sede da PF em Cabedelo para repassar todos os detalhes sobre as investigações.
Como funcionavam as fraudes
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a investigação colheu evidências no sentido de que um grupo de empresários estava utilizando empresas de fachada, registradas em nome de ‘laranjas’, para fraudar licitações e ocultar bens obtidos com o lucro dos crimes cometidos.
Durante os trabalhos também se verificou que, além de ‘laranjas’, os
investigados passaram a usar ‘fantasmas’ para prática dos ilícitos. Os ‘fantasmas’ eram pessoas fictícias, criadas usando a variação de nomes de pessoas verdadeiras.
Eram obtidos junto aos órgãos públicos de mais de um estado da federação documentos para os ‘fantasmas’, (tais como RG, CPF etc.), que passavam a ser utilizados para perpetração de uma série de fraudes, principalmente para movimentar valores e registrar bens usados pela quadrilha, especialmente veículos de alto luxo.
Os alvos da operação são acusados dos crimes de formação de quadrilha, fraudes à licitação, falsificação de documentos, sonegação de tributos e lavagem de dinheiro.
Atualizada às 8h15

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