"Os diretores foram eleitos pelos alunos, assim como Ricardo foi pelo povo" disse representante da UBES à Walter Aguiar

10 de Junho de 2011 - 09h52Da Redação

Está acontecendo neste momento, uma reunião no Ginásio Poliesportivo do Lyceu Paraibano, para discutir o retorno do professor Abrão Carvalho à direção da escola. Estão presentes na reunião, o Secretário da Casa Civil, Walter Aguiar, alunos e professores da escola, além de uma representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Marília França.

O Vice-presidente do Grêmio Estudantil disse que vai provar que as eleições realizadas em dezembro não foram irregulares, ele disse que a decisão do Governo é politicagem para colocar os "protegidos" de Ricardo Coutinho na direção da escola.

A professora de química, Roberta Mouzinho, disse "a ditadura não pode ser imposta na Paraíba, não somos marginais, não adulteramos eleição alguma, somos trabalhadores da educação, não forjamos nada, queremos respeito!".

A representante da UBES, Marília França, disse ao Secretário Walter Aguiar "infelizmente, nós estudantes temos o sentimento de que a democracia não é válida neste governo, os estudantes querem respeito porque da mesma forma que o Governador foi eleito pelo povo, os diretores foram eleitos pelos alunos e isto tem que valer. Não entendemos a necessidade de uma nova eleição, os estudantes elegeram esta direção porque confiam em seu trabalho e o Governo tem que respeitar".

A diretora adjunta do Lyceu, Francisca Rocha, disse que "se o Governo tomou esta decisão de exonerar a direção porque o diretor desmentiu a lista dos fantasmas, Ricardo Coutinho está sendo intransigente e desrespeitoso com os professores. A direção da escola não poderia se calar vendo nomes de professores que trabalham sendo chamados de fantasmas, se o motivo foi esse, onde está a democracia?".

O Secretário da Casa Civil do Estado, Walter Aguiar disse, agora a pouco, que não cabe ao Governo interferir no processo eleitoral do Lyceu Paraibano, ele prosseguiu dizendo que as comissões, formadas por membros da escola e da Secretaria de Educação, não tem a ver com o Governo.

Walter Aguiar disse que as comissões terão que dar um parecer sobre a situação e caso seja comprovado que não houve irregularidade nas eleições ,o Governo terá que acatar a decisão e devolver o cargo aos gestores eleitos no Lyceu Paraibano e no Olivina Olivia. O Secretário disse ainda que é importante haver representação estudantil na comissão.

A Vereadora Eliza Virginia (PSDB), que acompanha a reunião, disse que o Estado tem vinculo com a comissão através dos membros da Secretaria de Educação, portanto, ele também é responsável pelas decisões tomadas pela comissão à respeito das escolas.

O vice-presidente do Grêmio, Mailson Lima, disse que “o Secretário falou, falou e não disse nada. Caso não haja uma decisão nesta reunião, nós iremos novamente para a rua e só voltaremos à sala de aula quando os diretores das escolas voltarem aos cargos”.

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