Centro de Operações de Emergência monitora casos para combater avanço da Dengue em Pernambuco

 Municípios pernambucanos têm um clima bastante favorável à proliferação do vetor, o Aedes aegypti. As chuvas constantes e temperaturas elevadas tornam-se os fatores perfeitos para reprodução do mosquito

O Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência (COE Dengue). O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), na última quinta-feira (1º).

Em meio ao aumento de casos de dengue no Brasil, o objetivo da força-tarefa é ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância das arboviroses, transmitidas pelo Aedes aegypti. O Centro de Operações de Emergência, segundo informou o ministério, também vai monitorar casos de dengue em Pernambuco.

No Estado, segundo boletim com dados de janeiro deste ano da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), o número de casos prováveis por dengue cresceu 57,5%, em relação ao registrado no mesmo período em 2023.

O Estado totaliza 512 casos prováveis de dengue (confirmações + registros em investigações), com taxa de incidência de 5,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes. Do total, 55 registros já tiveram confirmação de infecção pelo vírus da dengue.

A importância dos agentes de endemias no combate à dengue

O Aedes aegypti utiliza todo o tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos. Alguns são conhecidos: garrafas e embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos.

Mas há lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são desconhecidos das pessoas. É aí que entra o trabalho dos agentes de combate às endemias. Em Pernambuco, 5.195 agentes estão atuantes na força-tarefa contra a dengue.

“Esses profissionais que atuam na linha de frente de combate ao mosquito são treinados e capacitados para detectar riscos de vetores para os próprios residentes e para a comunidade. Eles orientam as famílias e visitam as casas uma a uma. Ninguém quer que a residência seja um local de risco. Por isso, é importante abrir as portas para esse serviço de proteção”, ressalta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos são mais suscetíveis às complicações da Dengue, Chikungunya e Zika. Para esse grupo, os cuidados de combate ao mosquito devem ser redobrados:

  • manter a caixa d’água bem fechada;
  • guardar pneus em locais cobertos;
  • limpar bem as calhas de casa;
  • amarrar bem sacos de lixo;
  • não acumular entulho;
  • esvaziar garrafas PET, potes e vasos;
  • colocar areia nos vasos de planta.

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