Vereadores são barrados e impedidos de fiscalizarem obra da Upinha em Goiana

Parlamentares tentaram entrar na unidade de saúde para apurar denúncias

Na manhã desta quarta-feira (01/07) uma comitiva de vereadores foi impedida de entrar na Upinha de Goiana, em visita de fiscalização. O local, nas últimas semanas, vem chamando atenção e gerando polêmica por conta do prazo dado pela Prefeitura aos parlamentares, que já deveria ter sido inaugurada na metade de maio. Um vigilante contratado pelo Poder Executivo Municipal declarou que foi orientado pelo prefeito em exercício Eduardo Honório e pelo secretário de Saúde Alexandre Ricardo de Moura a não permitir a entrada dos parlamentares nas dependências do prédio.

Atualmente, o prédio da Upinha vem passando por uma reforma de aproximadamente R$ 750 mil para transformá-la em um hospital de campanha para combate ao coronavírus, mas como a previsão para inauguração já expirou há 45 dias - pois deveria ter sido inaugurada no dia 15 de maio -, os parlamentares decidiram ir ao local e verificar o andamento da obra e checar os motivos dos recorrentes atrasos. Contudo, ao chegarem no local foram barrados e impedidos de fiscalizarem a obra e identificar alguma irregularidade ou problema dentro do prédio.

Ao serem impedidos de entrar em uma obra em andamento pelo chefe do Poder Executivo, os vereadores declararam o ato como arbitrário e incostitucional, e uma clara interferência da Prefeitura na missão da Câmara de representar o povo goianense e fiscalizar os atos da Administração Pública.

O presidente da Câmara Municipal de Goiana, Carlinhos Viégas (PSB), afirmou que os vereadores representarão contra o município no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e já registraram um boletim de ocorrência na 44ª circunscrição da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) sobre a arbitrária ação impedindo a fiscalização do Poder Legislativo, "É de competência do Poder Legislativo fiscalizar o Executivo. O prefeito não pode de forma alguma impedir esse trabalho constitucional. Esse tipo de atitude levantou ainda mais suspeitas sobre o que estaria sendo praticado de irregular pela atual gestão. Já registramos um boletim de ocorrência na Delegacia de Goiana e iremos representar contra o prefeito e o secretário de saúde na Promotoria de Justiça", disse.

Faziam parte da comitiva os vereadores Sargento Torres (PSB), Quinho Fenelon (MDB), Irmão Jairson (PRP), Marcos Leal (Avante), Bruno Salsa (PSB), André Rabicó (PL), Josemar Leite (PTB) e Flávio Fuba (PSC).

O equipamento público, que já deveria estar em pleno funcionamento, é uma importante ferramenta de apoio e tratamento de goianenses infectados pelo novo coronavírus. Porém, a Prefeitura ainda não divulgou uma nova previsão para entrega do prédio aos goianenses.

Ascom Câmara Municipal de Goiana

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