RADAR POLÍTICO 365


No apagar das luzes, Temer publicou nova medida provisória para abrir Saneamento

45683203254_235931b3bc_o
A Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento protestou em nota oficial. Veja a nota oficial abaixo.
“Nosso posicionamento permanece o mesmo. Somos totalmente favoráveis à modernização do setor, mas contrários a forma pulverizada de entrada do Privado, sem levar em consideração a economia de escala e prejudicando os municípios mais pobres”, disse Roberto Tavares, presidente da Compesa.
Da Agência Brasil – O governo publicou nesta sexta-feira no Diário Oficial da União a Medida Provisória (MP 868/18), que altera o marco legal do saneamento básico no país. A MP altera as competências da Agência Nacional de Águas (ANA), que, agora, além de responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos, passa também a regular a prestação dos serviços públicos de saneamento básico.
Com isso a regulamentação dos serviços de águas e esgotos, que é de atribuição constitucional dos municípios brasileiros, passa a ser feito pela agência reguladora, que será responsável pela fixação das tarifas de água a ser cobradas.
A medida determina que os contratos de saneamento passarão a ser estabelecidos por meio de processo licitatório com chamamento público “para verificar o interesse dos entes federativos, em regime isolado ou consorciado, em realizar concessões e parcerias público-privadas”.
Antes, a licitação poderia ser dispensada caso o contrato fosse firmado com uma empresa pública. A medida publicada nesta sexta-feira retoma outra MP, a 844/18, editada pelo governo em julho e que perdeu a validade em novembro por falta de acordo para votação.
A MP foi considerada polêmica por, na prática, facilitar a privatização de empresas públicas de saneamento básico e obrigar o pagamento de tarifas mesmo sem conexão ao serviço de água e esgoto. A discussão e votação da MP foi adiada diversas vezes. Sem acordo, a proposta nem chegou a ser lida no plenário e perdeu a validade no dia 19 de novembro.
Além de deputados e senadores, a tramitação da MP no Congresso Nacional também mobilizou governadores de 24 estados. Pouco antes da medida caducar, eles divulgaram uma carta contra o projeto.
Os governadores argumentaram que o projeto fará com que o setor de saneamento tenha riscos de desestruturação e de piora das condições fiscais dos governos estaduais, além do agravamento das desigualdades.
O principal ponto polêmico é o fim ao subsídio cruzado, que permite que recursos arrecadados com a cobrança de tarifas de água e esgoto em áreas mais ricas sejam investidos em municípios mais pobres.

Comentários

Mais Vistas do Blog

YouTuber conhecido por atacar presidente das Assembleias de Deus na Paraíba é condenado por difamação

Homem é morto a facadas após discussão com a esposa em Goiana

Caaporã adere ao programa Saúde Redes em Brasília

Prefeito Marcílio Régio visita obra do novo campo de Flexeiras, que será entregue em 2026

Prefeitura de Goiana vistoria obras da Policlínica Nossa Senhora da Vitória e do Complexo da Feira Livre

Construção da ponte entre Alhandra e Caaporã avança após solicitação do deputado Branco Mendes