'Pacote de bondades' para servidores da Câmara Federal pode custar quase R$ 400 mil
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G1 A
Câmara dos Deputados deve aprovar nesta quarta-feira (9) um "pacote de
bondades" para servidores, que inclui reajuste para concursados e
comissionados, aumento da verba de gabinete e criação de cargos. Com as
medidas, a despesa extra para o orçamento da Casa é estimada em R$ 386
milhões por ano.
Desse montante, a maior parte, R$ 320 milhões,
irá custear um novo plano de carreira, com aumentos que variam de 10% a
39% a funcionários efetivos, que passaram por concurso, e
comissionados, que ocupam cargo por indicação política. O maior
reajuste será para servidores de nível médio. O primeiro secretário da
Casa, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), responsável pela administração
interna, diz que o aumento é necessário para não perder os
funcionários.
"Cerca de 40% das pessoas que passaram no último
concurso da Câmara não assumiram os cargos porque passaram em outros
concursos com salários maiores. Temos carreiras com salário inicial
muito defasado em relação aos outros poderes. A gente acaba perdendo os
funcionários", disse.
De acordo com o deputado, também deve ser
aprovada nesta semana proposta de aumento da verba de gabinete, com
impacto anual de R$ 56 milhões. Atualmente em R$ 60 mil mensais, a
verba poderá chegar a R$ 90 mil. "Ainda não fechamos os valores, pode
passar a R$ 70 mil, R$ 80 mil ou R$ 90 mil. Estamos negociando", disse
Gomes. O objetivo é reajustar os salários dos assessores pessoais dos
deputados, lotados no gabinete, que são pagos com essa verba.
Além
de reajustar as remunerações, a Câmara criará entre 60 e 70 cargos
temporários para o PSD, partido criado neste ano pelo prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab, e que já tem a terceira maior bancada da Casa,
com 55 deputados. O impacto ao orçamento será de R$ 10 milhões anuais
até a próxima legislatura. Passivo Os
parlamentares também estudam como solucionar um "passivo" de R$ 200
milhões a ser pago aos funcionários de carreira. A dívida foi contraída
por conta de uma lei que vincula o salário dos servidores ao dos
deputados, que tiveram aumento de 61% em dezembro de 2010. Atualmente o
salário de um deputado federal é de R$ 26,7 mil, fora benefícios.
Segundo
Eduardo Gomes, a Câmara deve deixar a discussão sobre esse "passivo"
para 2012. "Tem gente que analisa que a demanda por esses R$ 200
milhões pode ser absolvida pela aprovação do plano de carreira. Assim, o
passivo seria analisado depois".
O presidente da Câmara, Marco
Maia, defende a desvinculação do salário dos servidores ao dos
deputados e diz que está "discutindo" uma solução. A modificação está
prevista no projeto que cria o plano de carreira.
"O reajuste dos
servidores da Câmara é legal, eles têm direito. Nós, desde o ano
passado, não concedemos o reajuste porque entendemos que não é justo
ter uma vinculação direta com os salários dos deputados. Agora, nós
temos que mudar isso", afirmou Maia. Clima para aprovar
O primeiro secretário da Câmara afirmou que as negociações estão
"avançadas" e que há "clima" para aprovar o pacote. "Tem ambiente para
votar. Quem vê de fora tem uma visão de que é uma providência recente,
de última hora e fica com a ideia de um 'pacote de natal'. Mas é uma
questão antiga, faz um ano que estamos segurando isso", argumentou.
Eduardo
Gomes criticou a pressão do governo federal para que não sejam
incluídos reajustes salariais no Orçamento de 2012. "O governo cria
cargos no Executivo e fala em política de incentivo ao consumo. Uma
forma de gerar consumo é aumentar o poder aquisitivo dos funcionários",
disse.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP),
afirma que a Casa já contribuiu com a política de contenção de gastos
através de orçamentos "austeros" nos últimos anos. "O Poder Legislativo
tem orçamento próprio e, em todos os anos, a Câmara devolve dinheiro
[não gasto] ao Tesouro Nacional. A minha avaliação é que a Câmara fez
contenção de gastos e teve austeridade", disse Vaccarezza. Outras votações
Além do "pacote de bondades", os deputados pretendem votar na próxima
semana o projeto que cria Fundo de Previdência Complementar do Servidor
Público da União (Funpresp) e a chamada PEC da Música.
A votação
do Funpresp deve ser iniciada na terça-feira (13). O objetivo do
governo é aprovar a matéria no mesmo dia, mas o DEM já anunciou que irá
obstruir a votação porque o presidente da Câmara não aceitou colocar
em pauta no início de 2012 a PEC 300, que estabelece um piso salarial
nacional para bombeiros e policiais militares.
O Funpresp prevê
para o funcionalismo público aposentadoria até o teto do INSS, que
atualmente é de R$ 3,6 mil. Para receber mais, o servidor deverá
contribuir para o fundo, que lhe pagará uma aposentadoria extra a
partir de 35 anos de contribuição. A finalidade do projeto é reduzir o
deficit da Previdência.
Pelo projeto, o governo fará um aporte
neste fundo de 7,5% sobre o salário que exceder o teto de benefícios do
Regime Geral da Previdência Social (RGPS), cujo valor atual é de R$
2.894,28. Parte dos deputados defende uma alíquota de até 8,5%, mas o
líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, diz que a tendência é o
Congresso é aprovar uma contribuição de 8%. O servidor pagaria 7,5%
sobre o excedente mais 11% do próprio teto.
Matéria de consenso, a
PEC da Música deverá ser votada em 2º turno entre terça (13) e quarta
(14). A proposta concede isenção de impostos para a produção de CDs e
DVDs com obras de artistas brasileiros. Segundo Vaccarezza, no dia da
votação, artistas de todo o país farão apresentações de música em
diferentes pontos da Câmara.
A base aliada planeja ainda votar na
semana que vem uma PEC que transfere da União para o Distrito Federal a
responsabilidade de organizar e manter a Defensoria Pública do
Distrito Federal.
Se for concluída a votação do Funpresp na terça,
o governo poderá colocar a Lei Geral da Copa na pauta de quarta do
plenário. A proposta atende exigências da Fifa para realização no
evento no Brasil, dando poder à entidade para fixar preço dos
ingressos, ter exclusividade no uso das marcas associadas e regular a
transmissão dos jogos. A avaliação dos líderes da base, porém, é de que
será "difícil" votar a proposta ainda neste ano.
O presidente da
Câmara, Marco Maia, também já adiantou que a Casa não votará o projeto
que altera o Código Florestal em 2011. "Não teremos tempo hábil para
votar o Código Florestal antes do início do recesso. É difícil.
Qualquer pessoa que olhar para a pauta da Câmara, olhar para as medidas
provisórias e olhar para o Funpresp, vai entender que dificilmente
votaremos o Código neste ano", disse. A proposta foi aprovada pelo
Senado no início deste mês e, depois da Câmara, segue para sanção.
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