Advogado diz que empresário perdeu R$ 50 mi com desapropriação da Fazenda Cuiá

Da Redação
Advogado diz que empresário perdeu R$ 50 mi com desapropriação do CuiáIlustração (Da Internet)

O advogado Luís Carlos Brito Pereira, representante da Arimatéia Imóveis e Construções LTDA, responsável pela venda da fazenda Cuiá à Prefeitura Municipal de João Pessoa, disse  nesta segunda-feira que a empresa sofreu um prejuízo avaliado em mais de R$ 50 milhões com a negociação. "Preferimos fechar um acordo com a Prefeitura do que brigar com ela na Justiça durante uns 20 anos por conta do imóvel", disse Brito Pereira durante audiência no Tribunal Regional Eleitoral, no caso da desapropriação da Cuiá.
O arquiteto Expedito Arruda Pires, testemunha de defesa  do ato de desapropriação e convocado pelo juiz João Batista Barbosa, relator do processo, para prestar os esclarecimentos técnicos em juízo, disse que os munícipes da Capital saíram lucrando com o ato e que o valor do imóvel seria bem superior ao pago por Agra.
Os advogados da coligação Paraíba Unida, encabeçada pelo PMDB, autora do pedido de instauração do processo não estiveram presentes. Na ação, a coligação pedia  que fossem investigados o governador Ricardo Coutinho (PSB), o vice-governador Rômulo Gouveia (PSD), o prefeito Luciano Agra, a secretária de Planejamento do município, Estelizabel Bezerra e o empresário José Arimatéia Nunes Camboim, proprietário da fazenda Cuiá.
No processo, a coligação Paraíba Unida classifica a desapropriação da fazenda Cuiá como um ato de  abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos para a campanha do governador Ricardo Coutinho nas eleições de 2010.
O Ministério Público da Paraíba também ajuizou uma ação civil pública contra o município de João Pessoa, o prefeito Luciano Agra e a empresa Arimatéia Imóveis e Construção Ltda, pelo superfaturamento estimado de R$ 3 milhões a R$ 7 milhões na operação que desapropriou a Fazenda Cuiá, às vésperas das eleições de 2010 por aproximadamente R$ 11 milhões.
Durante a audiência, o corregedor eleitoral João Batista afirmou que não investiga no processo o caso da área expropriada pela Prefeitura ser "inútil", após o arquiteto Expedito Arruda dizer que o terreno pertencente agora à gestão municipal é "privilegiado".
Em entrevista à imprensa, o juiz adiantou que a Aije do Cuiá está em fase de conclusão das instruções e em breve deverá ser julgada. Ele também adiantou que todos os processos referentes às eleições 2010 devem ser julgados antes do período eleitoral do próximo ano.

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