Sete de setembro perde estigma militar para virar festa popular


Vídeo mostra evolução das paradas desde Getúlio Vargas, passando pela ditadura militar, até os anos mais recentes

O desfile de 7 de setembro em Brasília neste ano é um evento pretensamente popular. O governo espera que 35 mil pessoas compareçam à Esplanada dos Ministérios para assistir principalmente a shows e atividades culturais, como apresentações da Banda da Ação Social Criança Feliz do colégio Notre Dame e da escola de samba Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), ambos de Brasília.

Veja abaixo vídeo sobre como a festa da Independência se transformou ao longo das décadas:





A intenção do governo nos últimos anos é justamente transformar o desfile, que tem origem militar, em uma manifestação cada vez mais popular. Neste ano, por exemplo, o desfile cívico-escolar, vai anteceder a marcha dos militares. 
No governo brasileiro, é clara a intenção de caminhar, ano após ano, em direção a uma cerimônia que se assemelhe mais ao 4 de julho americano, data da independência dos EUA celebrada pelas pessoas nas ruas, como festa nacional.

O tema do desfile neste ano é “Construir um Brasil que avança está em nossa mãos”. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), o tema foi escolhido justamente para estimular o sentimento de orgulho e satisfação em relação às realizações e potencialidades do Brasil, com o cidadão e a cidadã brasileiros como protagonistas da construção do País.

Nos últimos anos, apresentações de frevo, capoeira e até de bonecos gigantes estiveram entre as manifestações. No ano passado, conforme mostrou o iG, a banda dos Dragões da Independência já manifestara seu caráter popular, com músicas de autores nacionais, como Chitãozinho e Xororó, e hits internacionais, como Lady Gaga e Shakira.

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