Vereador Milanês Neto afirma que Prefeitura de João Pessoa está “quebrada” e alerta para crise na saúde e descumprimento de emendas

 

Durante pronunciamento nesta terça-feira (23), na Câmara Municipal de João Pessoa, o vereador Milanês Neto fez um duro discurso contra a gestão municipal, afirmando que a Prefeitura está “quebrada” e que a saúde pública da capital “está na UTI”. O parlamentar denunciou a falta de pagamento das emendas impositivas, a suspensão de serviços e a ausência de recursos para áreas essenciais.

“Estamos findando o mês de setembro, entrando em outubro, e nenhuma emenda da saúde foi paga. Estão tentando criar obstáculos porque não tem recurso para pagar. Essa é a verdade”, afirmou Milanês Neto.

O vereador destacou que a situação mais grave é na saúde pública. Segundo ele, faltam medicamentos, há concursos sem convocação de aprovados e servidores aguardam progressões no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) que não são encaminhadas.

“Concursados fizeram curso de formação há 30 dias e não foram chamados. Agentes comunitários de saúde e de endemias não são convocados porque não há dinheiro para pagar. Medicamentos estão em falta porque não tem recurso. E agora as emendas dos vereadores também estão sendo suprimidas”, criticou.

Emendas impositivas

Milanês Neto lembrou que, em reunião anterior, representantes da Prefeitura haviam garantido que os recursos destinados pelos parlamentares seriam pagos. No entanto, até o momento, nenhuma emenda foi cumprida, o que prejudica instituições como o Hospital Napoleão Laureano, São Vicente de Paulo e o Instituto Tarcísio Dias, que dependem desses recursos.

“Não são emendas para apadrinhados. São emendas para instituições que ajudam a diminuir a superlotação do serviço público municipal”, reforçou.

Em tom de alerta, o vereador afirmou que, caso suas emendas não sejam pagas até meados de outubro, ingressará com ação por improbidade administrativa contra a gestão.

“Faço um alerta: é bom que paguem as emendas. Se não pagarem, vou protocolar um processo de improbidade administrativa, porque esse recurso não é da Prefeitura, é do Parlamento. É tão bom receber emendas federais e estaduais, mas não consigo compreender como é tão difícil pagar as municipais”, declarou.

Encerrando o discurso, Milanês Neto reafirmou que a gestão municipal não tem recursos para cumprir suas obrigações. “A Prefeitura está quebrada. Não tem dinheiro para nada. A saúde está na UTI e até as emendas impositivas estão sendo suprimidas. Essa conversa, para o vereador Milanês, não irá cair bem”, finalizou.

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