Ministro Silvio Costa Filho nega que usou verba da Câmara para abastecer carros de familiares

 

O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), negou que sua família utilizou verba da Câmara dos Deputados para abastecer veículos, em denúncia foi feita pelo jornal O Globo.

Segundo a reportagem, o dinheiro foi usado entre abril de 2022 e agosto de 2023, enquanto o gestor cumpria mandato de deputado federal. Em setembro do ano passado, Silvio Costa Filho se licenciou do cargo para assumir a pasta no governo federal.

O jornal afirmou que as notas fiscais mostraram que o gabinete do então deputado gastou recursos públicos para encher o tanque de veículos da mulher, do pai, do irmão e da cunhada.

Ainda de acordo com a apuração, foi informado que 48 veículos diferentes foram abastecidos no mesmo posto, somando R$ 105,1 mil.

Sílvio Costa Filho negou irregularidades e afirmou que o posto de combustível, localizado no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, realizou um “equívoco contábil”.

O ministro reforçou ainda que seu gabinete nunca abasteceu carros com placas de familiares.

Aluguel de carros

Até setembro de 2023, a Câmara dos Deputados gastou mais de R$ 19 milhões com aluguel de carros para os parlamentares da Casa.

O levantamento foi feito pelo portal Metrópoles, com os dados disponibilizados pela Casa do início do ano até o dia 4 de setembro.

Destacando os valores de fevereiro a maio, os deputados já gastaram 20% a mais, referente ao mesmo período de 2022.

Ainda segundo o Metrópoles, sete deputados gastaram R$ 50.852 cada um, passando o limite do teto de gastos (R$ 12.713, em todos os meses analisados), entre fevereiro e maio.

São eles: André Figueiredo (PDT-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE), Hélio Lopes (PL-RJ), Mário Negromonte (PP-BA), Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), Pedro Campos (PSB-PE) e Rodrigo de Castro (União-MG).

“O valor da locação está totalmente dentro do praticado no mercado”, disse Mário Negromonte em nota publicada.

Vale destacar que o aluguel de veículos costuma incluir gastos com combustível para o automóvel, contratação de seguro, que podem ser descontados da cota parlamentar. Além da contratação de motorista, que entra na verba do gabinete.