Tem conservador criticando bolsa família e exigindo bolsa gasolina. No mundo, Brasil ocupa a 91ª posição do ranking de preços do combustível

A União, graças ao tratamento especial conferido pelos governos petistas aos membros do Judiciário, Ministério Público Federal e setores do Executivo, viu o avanço dos GASTOS OBRIGATÓRIOS chegar a 93% de tudo que arrecada, Os aumentos de salários, regalias como auxílio-moradia e penduricalhos nos salários da elite conivente com os governos petistas fez com que a fatia do dinheiro do contribuinte a ser devolvida ao cidadão se tornasse cada vez menor.

Enquanto nos anos 70, os gastos obrigatórios da União previstos em Lei drenavam cerca de 55% da arrecadação, os governos de FHC, Lula e Dilma, em conjunto com ministros do STF, parlamentares do Congresso e membros do Judiciário de todo o país, avançaram para 70%, 80% até chegar aos níveis insuportáveis da atualidade. De tudo que a sociedade contribuiu com impostos em todo o Brasil, apenas 7% podem ser devolvidos ao cidadão sob a forma de investimentos em serviços como saúde, educação, segurança e infraestrutura. Investimentos são diferentes de gastos. Os gastos são obrigatórios, assim como os privilégios e salários incompatíveis com a realidade do país, aprovados por Lei.

Na prática, ninguém pode reclamar da imoralidade de privilégios como auxílio-moradia. O político ou membro do Judiciário que recebe o benefício de quase R$ 5 mil por mês para morar na própria casa simplesmente alega, no maior cinismo, que não está fazendo nada de ilegal, mesmo recebendo salários acima de R$ 30 mil e outros penduricalhos igualmente vergonhosos.  Com isso, a União simplesmente não pode mexer nos 93% dos recursos abocanhados pela elite de servidores e políticos, incluindo os gastos com a Previdência. Não pode quer dizer não pode e pronto. Nem o presidente da República pode fazer nada neste caso.

Qualquer benefício extra em favor do cidadão deve entrar na cota dos 7% que restam para devolver à sociedade. Isto significa cobrir o corpo com uma toalha de rosto. Para colocar em algum lugar, é preciso tirar de outro. Há ainda a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede que o Executivo reduza impostos de um lado sem indicar como irá repor o dinheiro do outro, pois os salários e benefícios da elite do Brasil são 'imexíveis' e sagrados. Ninguém pode mexer.

Como se vê, o Brasil está amarrado e dominado por um pequeno grupo que não chega a 300 mil pessoas entre os cerca de 2.3 milhões de servidores federais que recebem contracheques que podem superar os R$ 100 mil. Os altos impostos pagos pelo contribuinte brasileiro servem apenas para sustentar a elite dominante que aprovou leis em benefício próprio, em detrimento do cidadão pagador de impostos.

Não há como culpar a população por não compreender a natureza dos reais problemas do país, já que os defensores do Estado indutor da economia presentes na elite de servidores, nos meios de comunicação e formadores de opinião omitem os fatos do cidadão. Diante de tanta desinformação, há gente hoje em dia que se diz conservador questionando os gastos da União com programas sociais como o Bolsa Família, ao mesmo tempo em que exigem uma espécie de Bolsa Gasolina. Mesmo que quisesse, a União simplesmente não tem como abrir mão de impostos, mesmo que fosse abocanhar o naco dos 7% que resta para devolver à sociedade. Os grupos que se beneficiam do dinheiro do povo defendem o aumento de impostos como solução para as dificuldades enfrentadas pelo país justamente para que seus altos salários e privilégios não sejam afetados. Há ainda quem defenda o endividamento do Estado, a volta de uma 'pequena' inflação, uma pequena elevação nos juros, tudo para evitar a  perda de privilégios e ganhos acumulados em seus já altos salários.

Por outro lado, os que criticam os gastos com os programas sociais e exigem uma espécie de Bolsa Gasolina poderiam se informar melhor sobre os preços dos combustíveis ao redor do mundo. Embora o Brasil esteja entre as dez maiores economias do mundo, o Brasil ocupa a 91ª posição do ranking, com um preço médio de R$ 4,30 por litro, o mesmo valor cobrado atualmente na África do Sul.

A Petrobras se insere neste contexto justamente por sua condição de empresa mista. O povo imagina que a estatal pertence à população, mas o fato é que a empresa também tem que prestar contas aos seus investidores, donos de uma bela fatia da petrolífera. Se for privatizada, não muda nada, exceto a certeza de que deixará de servir a interesses de políticos e grupos inescrupulosos que atuam para sabotar o valor de mercado da estatal para lucrar especulando com as ações da empresa na Bolsa de Valores. A privatização tiraria do governo a responsabilidade de gerir um setor que é explorado pela iniciativa privada em todo o mundo, mas abriria a possibilidade dos novos donos levarem o petróleo crú para ser refinado em outros países. De fato, a situação do Brasil, da Petrobras, dos preços dos combustíveis e do destino dado à maior parte dos impostos arrecadados pela União são problemas que podem dar um nó na cabeça da maioria dos cidadãos.

Após uma mega chantagem contra o país de empresários inescrupulosos e de caminhoneiros desesperados, conseguiram o tão sonhado Bolsa Diesel, que será bancado, como sempre, pelo contribuinte. Além dos cerca de R$ 80 bilhões em prejuízos para a economia, a greve ainda vai custar cerca de R$ 13 bilhões ao cidadão contribuinte. E tem conservador defendendo a socialização do risco no setor. A frota de caminhões no Brasil cresceu 40% nos últimos 6 anos, enquanto a economia cresceu apenas 11%. É só fazer a conta. 

IMPRENSA VIVA

Comentários

Mais Vistas do Blog

Vereador de Goiana sofre acidente

ACIDENTE NA PE-75 EM GOIANA

Acidente Fatal na PE-062: Vítima Morre Após Colisão Frontal em Goiana

Tribunal de Contas recomenda realização de concurso público na prefeitura de Goiana

Polícia em Caaporã prende foragidos pela justiça

Ministério Público aponta irregularidades, pede afastamento de temporários e contratação imediata de aprovados em Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Alhandra; confira documento