Refinaria Abreu e Lima abre 700 novas vagas

O novo contrato da Petrobras com o Consórcio Conenge SC/Possebon, para conclusão da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas (UTAA) e da Unidade de Tratamento com Metildietanolamina (MDEA) da Refinaria Abreu e Lima, vai gerar aproximadamente 700 vagas de emprego em Suape. A previsão é do Sindicato da Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE), que acompanha as contratações no empreendimento. As oportunidades são comemoradas pela entidade, porque representam uma injeção de ânimo em um mercado de trabalho local ainda deprimido.
A Petrobras não confirmou a informação, nem mesmo o cronograma ou o valor do contrato. Os critérios de contratação e as vagas também não foram detalhados. Contudo, o Sintepav-PE antecipa que a construção das unidades, as quais integram as obras da primeira linha de refino do empreendimento, chamada de Trem 1, terão duração de 16 meses. “As oportunidades são mais concentradas na área de montagem industrial, até onde sabemos”, informou o diretor do Sintepav, Rogério Rocha.
O processo seletivo será administrado pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine). Os interessados deverão cadastrar o currículo neste site. O sindicato informou que a mão de obra local terá prioridade, conforme acordado entre a classe trabalhadora e as empresas com atuação no canteiro. A reportagem não conseguiu contato com os representantes do Consórcio Conenge.
As vagas geradas pelo Consórcio Conenge na Abreu e Lima se somam às oportunidades abertas recentemente pela Qualiman Engenharia, outra empreiteira igualmente contratada pela Petrobras para conclusão das obras do Trem 1 do empreendimento. As atividades da Qualiman, responsável pela conclusão da Unidade de Abatimento de Emissões (Snox) – descontinuada durante a crise do empreendimento, em meio ao turbilhão de denúncias da Operação Lava Jato – foram iniciadas em maio.
A previsão da empresa é que, ao longo do contrato de 21 meses, sejam gerados pelo menos 800 postos de trabalho na área operacional. O anúncio da seleção atraiu milhares de pessoas para a porta da empresa, em março deste ano, mas até agora poucos trabalhadores foram chamados porque as intervenções ainda estão em fase inicial.
A construção da UTAA e MDEA faz parte da carteira de enxofre do da refinaria, conjunto de equipamentos responsável pelo tratamento dos líquidos e gases resultantes do processamento do petróleo para produção de combustíveis como o Diesel S-10. A carga rica em enxofre gerada por elas abastece a Snox, que produzirá ácido sulfúrico.
A Petrobras depende da conclusão dessas etapas para operar o Trem 1 em plena carga, de 115 mil barris de petróleo por dia. Até lá, a linha de produção atua com capacidade reduzida, determinada pelo licenciamento operacional emitido pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).
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