E agora?: Câmara de vereadores aprova pedido de intervenção estadual na Prefeitura de Goiana

A Câmara de Vereadores de Goiana, município da Zona da Mata Norte de Pernambuco, promoveu na manhã desta quinta-feira (04), na sessão ordinária da casa, mais uma grande derrota ao atual prefeito Fred Gadelha (PTB), aprovando, por unanimidade, requerimento que pede intervenção estadual no município.
O requerimento foi apresentado pela bancada de oposição da Casa José Pinto de Abreu, composta por sete vereadores, onde cinco destes foram eleitos no palanque do petebista em 2012. O pedido de intervenção está fundamentado em uma série de denúncias do legislativo, já apresentadas antes, na ocasião da votação para aprovação de uma CPI contra a gestão de Gadelha.
Na ocasião, em 27 de maio de 2015, a bancada governista (Bruno Salsa, Laercio Melo, Valdete Cruz, Amanda Gomes, Ana de Marcílio, Josemar Leite e André Rabicó) barrou à criação da Comissão, numa votação apertada, sendo utilizado o voto de minerva do presidente Renato Sandré, ficando o placar em 8 x 7 pró governo, impedindo assim a investigação ao executivo municipal.
Além de fraudes na saúde, outras irregularidades são citadas no requerimento (confira nas imagens abaixo), como contratações com sobre preços, obras paralisadas, caixa dois e contratações sem licitações e/ou com dispensas. Tudo já devidamente apresentado na ocasião da CPI.
O requerimento foi assinado pelos sete vereadores oposicionistas, Olga Sena, Arnaldo Oliveira, Eduardo Batista, Zilde Barbosa, Beto Gadelha, Ramilson Ferreira e Paula Monteiro. Também votaram a favor os seis da base do governo, Ana Silveira, Bruno Salsa, André Rabicó, Amanda Gomes, Valdete Cruz e Laércio Melo, formando o placar de 13 votos a favor da Intervenção Estadual no município. Não votaram o presidente Renato Sandré e Josemar Leite que faltou a sessão.
Para muitos o resultado desta votação é um expressivo recado ao chefe do executivo municipal, por parte da sua base aliada. Fred Gadelha tem altíssima rejeição popular, tendo perfil intransigente, centralizador e de pouco diálogo. Recentemente envolveu-se em celeumas com os servidores municipais, por não cumprir acordo de reajuste salarial. Com a Jeep e Governo do Estado, por não querer dá isenção do IPTU para a montadora, algo já previsto no protocolo de intenções. E também com o conselho municipal de saúde, por querer contratar sem consultar o colegiado “OS” para gerir a saúde do município por 43 milhões por ano. Atitude que foi rechaçada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelos conselheiros, contabilizando mais uma derrota e consequentemente mais desgaste para sua imagem e também, para sua duvidosa gestão.






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