Marco Feliciano comenta a novela Babilônia e cita o Apocalipse

Estela e Teresa são casadas há mais de trinta anos. Foto: TV Globo

O beijo gay protagonizado pelas atrizes Fernanda Montenegro, de 86 anos, e de Nathália Timberg, 86, na noite desta segunda-feira (16), na nova novela Babilônia, da TV Globo, não foi visto pelo deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Pelo menos o parlamentar garantiu que não é fã de novelas. No entanto, no mesmo dia da estreia do novo folhetim global, o religioso e político citou o último livro da Bíblia, o Apocalipse, para comentar a atração.

Marco Felciano, aparentemente, não gostou da estreia da novela Babilônia. Foto: Reprodução/Facebook

“Alguns jornalistas entraram em contato comigo para saber o que achei da nova novela Babilônia e de um beijo lésbico que apareceu na primeira cena. Respondi assim: Não assisto novela, e já que o nome é Babilônia, deixo a Bíblia falar por mim”, declarou Feliciano em seu Facebook, apresentando quatro citações bíblicas, entre eles o capítulo 18, versículo 4, do mesmo livro: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas”.

Independente do conselho do deputado, ressaltado nas entrelinhas do texto bíblico, os telespectadores comentaram positivamente, nas redes sociais, a nova novela da Globo. Esse é o primeiro casal lésbico da terceira idade estrelado na televisão brasileira. A estreia da novela atingiu 30 pontos na audiência, segundo o Ibope. Cada um ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande São Paulo.

Na mesma noite, Feliciano também deu seu apoio ao candidato derrotado do PRTB à Presidência da República Levy Fidelix, que foi condenado a pagar uma indenização de R$ 1 milhão por conta de suas declarações homofóbicas num debate televisivo. "(Ele) foi processado e condenado a pagar uma multa de 1 milhão de reais por expressar seus pensamentos, ainda cabe recurso, e vou torcer para que ele seja inocentado em outra instância". A batalha entre religião e política ainda continua em alta.