Vice-prefeito de Bayeux esclarece prisão por causa de pensão alimentícia

Francisco Richard foi levado para o Centro de Ensino, por ser médico

O médico Francisco Richard Nixon de Macedo Campos, vice-prefeito do município de Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, enviou pedido de publicação de nota de esclarecimento sobre a sua prisão, ocorrida na manhã desta quinta-feira, 8. Ele está no Centro de Educação da Polícia Militar.
Na noita enviada à imprensa, o médico cita que é separado de sua ex-esposa, com quem não teve filho. Ele lembra que concordou com a pensão alimentícia até a decisão do divórcio e revela que a mulher reside na cidade de Aurora-Ceará, é formada em administração de empresa, cursa direito e é presidente de um partido político.
Abaixo a nota enviada pelo vice-prefeito de Bayeux:
Muitas informações foram veiculadas nos meios de comunicação sobre uma eventual prisão da minha pessoa, contendo informações ora verídicas ora rodeadas de inverdades. Inverdades estas que passam por desconhecimento, ignorância e má-fé. 
Por essa razão, faz-se necessário esclarecer a realidade dos fatos e relatar os motivos pessoais e políticos (familiares) que me fizeram chegar a esta situação. 
Ao separar de minha EX-ESPOSA contratei um advogado para que fizesse todo o trâmite do divórcio, e, confiando em suas orientações, concordei em pagar uma pensão alimentícia para a mesma. 
Ocorre que, como a minha EX- ESPOSA possui condições de trabalho, é formada em administração de empresa, cursa direito e é presidente de um partido político no município de Aurora-CE, no ano de 2009 solicitei que fosse realizado pedido de exoneração de alimentos, pois não havia qualquer motivo de continuar pagando uma pensão para esta senhora. 
Na data de hoje fui surpreendido com um Mandato de Prisão Civil contra mim, o que me causou profunda surpresa, uma vez que já existe uma Ação de Exoneração de Alimentos tramitando em Fortaleza. Feitas essas considerações iniciais, aos que interessar, passo a explanar alguns detalhes da ação que me levou a situação de prisão. 
1. A questão em tela se relaciona a uma ação de execução de alimentos, a qual se encontra acoplada uma ação de exoneração dos mesmos. 
2. A execução de alimentos é solicitada por minha EX-ESPOSA, com a qual NÃO TENHO FILHOS e a quem em nossa separação, alem de ter dado todos os bens conquistados durante o período de vivência, ofertei uma pensão, de bom grado, não por obrigação, mas por puro desejo de ampará-la enquanto reiniciava a vida. 
3. A ação de exoneração ocorre, a pedido meu, em virtude de haver reiniciado a minha vida e decidido me libertar das amarras e vínculos do passado, acreditando já ter feito o possível por essa EX-ESPOSA. Vale ressaltar que a mesma tem nível universitário e capacidade de com seu próprio trabalho constituir seu sustento. 
4. Aos que de má-fé tentar incluir ou imputar a existência de filhos nesta ação, informo-lhes: SO TENHO UMA FILHA DE 4 MESES, A QUAL MORA COMIGO E É UMA BENÇÃO QUE DEUS ME DEU. 
5. Não possuo qualquer condição financeira de arcar com o pagamento exigido por minha EX-ESPOSA, quantia que considero exacerbada, impagável, aviltante e que qualquer agente do direito compreende ser descabida. 
6.. A minha conduta pessoal de recorrer, se pauta na minha consciência pessoal, não me pauto pelo tempo da política. Não vou evitar escândalos pagando ou fazendo negociações sobre valores que acredito não dever, apenas para evitar danos políticos a minha imagem. Para mim, perderei mais se mudar minha personalidade e o que penso e acredito apenas para manter-me na política. Não pretendo ser mais um que se corrompe e muda seus ideais e o que acredita simplesmente por ser um meio de chegar ou manter-se no poder. Não tomarei minhas condutas por este meio. 0 que faço, faço por que acredito. 
7. Agradeço as inúmeras manifestações de apoio, carinho e, principalmente, confiança. Digo: tenho os melhores amigos que alguém poderia ter e querer. 
8. Agradeço aos meus familiares e a minha esposa que partilha comigo do meu pensamento e de meus ideais e que ao lado da MINHA ÚNICA FILHA são a razão maior do meu viver. Que DEUS continue a protegê-las. 
Por fim, acredito que "o tempo é o senhor da razão", tenho fé o suficiente para manter-me firme nos meus propósitos e superar as dificuldades que se põem a frente. De resto entrego aos meus advogados para que cumpram seu papel de fazer ver a justiça o que relato e resolverem no tempo certo esta situação. 
Para terminar, aos que me julgam pergunto: Qual de vocês teria a capacidade de tendo uma filha, privá-la de algo para poder manter uma pensão a sua EX-ESPOSA, com a qual não mantêm nenhum vinculo? 
Grato. FRANCISCO RICHARD NIXON DE MACEDO CAMPOS
Da Redação (com assessoria)

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