Elizabeth Cimentos em Alhandra será a 1ª das três cimenteiras que entrará em operação na Paraíba.

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A fábrica Elizabeth Cimentos deverá ser a primeira das três cimenteiras que vai entrar em operação na Paraíba. A previsão do Grupo Elizabeth é que a indústria entre em operação até o final do primeiro semestre. A estimativa é produzir, aproximadamente, um milhão de toneladas por ano de cimento. Além desta cimenteira, ainda estão sendo construídas no Estado outras duas indústrias do segmento: a Brennand Cimentos, do Grupo Ricardo Brennand e a InterCement, do Grupo Camargo Corrêa.
A Paraíba possui atualmente duas fábricas de cimento, a Cimpor, na capital, e a Lafarge, em Caaporã.
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), Buega Gadelha, afirmou que com a atuação das três unidades no Estado, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de mineração deve crescer 25%e deve “colocar a Paraíba na vanguarda na concepção de produtos pré-moldados como postes e treliças.
Essas indústrias representam a consolidação do setor na Paraíba. O segmento da mineração é forte pela qualidade de sua argila, titânio e argila existentes no Estado. A exploração está aumentando e fará com que sejamos, em breve, o segundo maior produtor de cimento do país”, destacou.
O processo de implantação da Elizabeth Cimentos, no município de Alhandra, a 40 km de João Pessoa, está na fase final de construção da unidade e da montagem dos equipamentos. A indústria, com investimentos de R$ 400 milhões até o fim da obra, irá gerar na primeira linha de produção de 250 a 300 empregos diretos.
Na segunda linha estima-se a oferta de 400 empregos diretos.
E por fim, aproximadamente 1.200 empregos indiretos. No total, a cimenteira deverá colocar no mercado de trabalho 700 trabalhadores.
O engenheiro civil, responsável pelo planejamento da obra da Elizabeth, Guido José Matokanovic, afirmou que os serviços estão em ritmo acelerado e devem ser concluídos em meados de junho.
“Estamos finalizando a fase da construção civil e a montagem eletromecânica. Depois disso a fábrica poderá operar”.
Já a Brennand Cimentos, situada em Pitimbu, no km 18,5, na PB-044 terá investimento de R$ 700 milhões. A empresa tem sede em Recife-PE e a primeira unidade fica situada em Sete Lagoas, Minas Gerais. Na Paraíba está sendo implantada a segunda unidade do grupo, com previsão para operar no primeiro semestre de 2015, e estimativa de produção de 1,5 milhão de toneladas por ano.
Com obras iniciadas em fevereiro de 2012, a Brennand está na fase de canteiro de obras. Neste mês de janeiro terá de início a montagem dos equipamentos mecânicos. Em março está prevista a instalação da parte elétrica da fábrica.
A fábrica da Brennand deve gerar 400 empregos diretos e 1.200 indiretos, sendo a parte de mineração com 50 postos de trabalhos diretos e 150 indiretos. De acordo com o diretor técnico da Brennand Cimentos, João Cipriano do Nascimento Neto, a escolha para atuar na Paraíba deve-se a vários motivos.
“A Paraíba está na região de maior crescimento neste ramo no país, dispõe de facilidade logística e está próximo às grandes capitais nordestinas, oferecendo incentivos fiscais e farta mão de obra”, destacou.
Segundo Cipriano, outro motivo por escolher da Paraíba é a oferta abundante de calcário, matéria-prima para a fabricação de cimento, além de gesso e argila. A proximidade com o Porto de Cabedelo também contribui para a importação do coque de petróleo, combustível utilizado na indústria cimenteira.
PB VAI DISPUTAR LIDERANÇA NO NORDESTE
Com a entrada em produção da Elizabeth este ano, a Paraíba deverá disputar com Sergipe a primeira colocação de produção de cimento do Nordeste. A produção deve beirar 3 milhões de toneladas/ano, encostando na líder do segmento da Região Nordeste, o estado de Sergipe, que produz pouco mais de 3,1 milhões de toneladas por ano do principal insumo da construção civil.
Com a produção de 1,5 milhão de toneladas da Brennand no próximo ano, a Paraíba não apenas vai ultrapassar Sergipe, mas disputar o posto de segundo maior produtor de cimentos do país. Isso sem considerar os número da terceira fábrica do polo cimenteiro já anunciado pela InterCement. Caso inicie a produção de operações em 2015 e fabrique a média de 1,5 milhão de toneladas de cimento/ano, a Paraíba deverá disputar o segundo lugar nacional na produção do produto junto a São Paulo, que em 2013 lançou no mercado mais de 6,5 milhões de toneladas de cimento.
De 2012 para 2013 a produção mensal de cimento na Paraíba aumentou 4,39% segundo dados de produção do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic). A fabricação do produto por mês passou dos 196,5 mil toneladas para mais de 200 mil toneladas. O Estado de Minas Gerais é o maior produtor, com mais de dez milhões de toneladas por ano.

Portal do Litoral PB com Alexsandra Tavares

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