ONU se preocupa com ameaças


Ban Ki-moon se mostrou "decepcionado" com restrições que afetam trabalhadores sul-coreanos

 O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira (4) estar "profundamente preocupado" com a escalada da retórica da Coreia do Norte, em uma entrevista coletiva em Mônaco.
Ban disse estar "decepcionado e preocupado" com as restrições que afetam os funcionários sul-coreanos que trabalham em Kaesong e afirmou que espera "sinceramente que a medida fique sem efeito o mais rápido possível".
A União Europeia pediu à Coreia do Norte que não aumente a tensão e defendeu um compromisso a favor da paz e segurança, depois que o país advertiu que o Exército tem a autorização final para executar um ataque contra os Estados Unidos, utilizando eventualmente armas nucleares.
Em um comunicado, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, criticou o anúncio da Coreia do Norte de retomar a atividade do reator nuclear da central de Yongbyon.
A Coreia do Norte bloqueou nesta quinta-feira o acesso de centenas de funcionários sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong pelo segundo dia consecutivo.
Pyongyang ameaçou inclusive retirar os 53 mil funcionários de Kaesong, "se as marionetes sul-coreanas e os meios conservadores continuarem nos denegrindo", segundo um comunicado do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, uma agência do governo responsável pela propaganda.
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O complexo de Kaesong, preciosa fonte de divisas para a Coreia do Norte, foi inaugurado em 2004 com a vontade simbólica de estabelecer uma cooperação entre as duas Coreias.
Dos 861 sul-coreanos presentes em Kaesong na quarta-feira, 33 deixaram o local à tarde, mas centenas decidiram permanecer para garantir o bom funcionamento das empresas.
O local, onde trabalham 53 mil norte-coreanos, sempre permaneceu aberto, apesar das repetidas crise na península, com exceção de um dia, em 2009.

R7.

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