LUCIANO CARTAXO NÃO COGITA DISPUTAR GOVERNO


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Nonato Guedes
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, deixou escapar, em conversa informal, que não está nos seus planos a hipótese de concorrer ao governo do Estado no próximo ano. Ele justifica que além de estar obstinado em levar adiante o projeto de metas que traçou para a capital durante a campanha de 2012, uma provável candidatura ao Palácio da Redenção poderia soar como traição ao eleitor, que apostou na sua capacidade de transformar João Pessoa em vitrine petista no Nordeste. Cartaxo considera que a questão da disputa eleitoral em 2014 deve ser tratada com profundidade entre lideranças e filiados do Partido dos Trabalhadores. Não vai se omitir no processo, mas preferirá ouvir mais do que interferir.
O gestor não descarta a possibilidade de uma candidatura própria do PT, embora se recuse a apontar nomes qualificados para a missão. Leva em consideração a análise de que a sua candidatura a prefeito, em meio a tendências sinalizando por aliança com o PSB, pode ter criado um precedente para estimular a onda em favor do protagonismo no cenário estadual, o que comportaria chapa completa na disputa pelos cargos majoritários. Mas, ao mesmo tempo, adverte que o cenário pode favorecer composições com outros partidos com os quais o PT está identificado na atual conjuntura, citando que na Assembléia Legislativa já há uma espécie de bancada conjunta do PT, PP e PSC, com possibilidade de agregação de outras legendas.
Luciano Cartaxo, por outro lado, está consciente do desafio de executar uma boa gestão nos primeiros anos, com isto credenciando o Partido dos Trabalhadores a outros desafios no campo eleitoral. Em função da luta por um desempenho satisfatório como prefeito é que ele tem investido em parcerias, sobretudo com o governo federal, para viabilizar a execução de obras e de projetos estruturantes de impacto em João Pessoa. A colaboração de ministérios da Esplanada, em Brasília, é imprescindível, como ele deixou claro em plena reunião promovida pelo governo do Estado, quando afirmou a este repórter que apostava preferencialmente nas articulações com o governo da presidente Dilma Rousseff, pela facilidade de interlocução e pelo apoio que tem sido demonstrado por auxiliares, interessados em contribuir para uma gestão exitosa na vitrine petista nordestina.
O prefeito é tido como pragmático no que diz respeito a posicionamentos políticos vinculados à sua trajetória. Quando se elegeu vereador em João Pessoa em 2004, tinha a possibilidade de assumir a cadeira de deputado estadual na vaga de Ricardo Coutinho, que havia sido eleito prefeito. Renunciou a dois anos de mandato na Assembléia para exercer a plenitude dos quatro anos na Câmara Municipal. Em 2006, atendendo a uma convocação partidária, aceitou ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada por José Maranhão. Em 2009, investiu-se no cargo devido à decisão judicial que cassou os mandatos de Cássio Cunha Lima e José Lacerda Neto. Mas, em 2010, quando foi preterido por Maranhão para continuar na chapa majoritária, sendo substituído por Rodrigo Soares, resolveu ir à luta disputando mandato na Assembléia Legislativa. Teve uma votação satisfatória dentro das condições de temperatura e pressão que enfrentou. Na Assembléia, procurou construir um mandato identificado com as causas do Estado, mas focado, com prioridade, nos problemas de João Pessoa.
Isto lhe rendeu cacife para, em 2012, postular o direito de ser indicado candidato à prefeitura da capital. Enfrentou a contestação de um grupo favorável à aliança com o esquema do governador Ricardo Coutinho e, mesmo assim, saiu vitorioso internamente e externamente, indo para o segundo turno contra Cícero Lucena. “Luciano é metódico, trabalha com planejamento próprio. Ele está planejado, no momento, para governar bem o município de João Pessoa. Não recusa convocações, mas também é homem de ponderar e de procurar fazer valer as suas próprias razões”, explica um interlocutor da confiança absoluta do gestor de João Pessoa. Essa postura não significa, contudo, finaliza o informante, que ele vá se manter eqüidistante do processo. “Pelo contrário. O prefeito sabe que será voz ativa e influente nas decisões que forem tomadas para 2014”, frisou.

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