MP discute ações para evitar prejuízos para os consumidores na greve dos bancários


Assessoria
Nesta terça-feira (18), começa a greve dos bancários em todo o país. Para evitar prejuízos aos consumidores o Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria do Consumidor de João Pessoa, promoveu nesta segunda-feira uma audiência com os Procons Estadual e Municipal e com o Sindicato dos Bancários da Paraíba para conhecer as ações da categoria. Segundo o promotor Glauberto Bezerra, os órgãos de defesa vão solicitar aos bancos a manutenção dos caixas eletrônicos abastecidos e a suspensão da compensação dos cheque pré-datados durante o período da greve.
"A greve é legal, estão sendo reivindicados direitos como o direito à segurança, dignidade da pessoa humana. Vamos agora chamar os bancos para discutir a questão dos cheques custodiados ou pré-datados e a manutenção dos caixas abastecidos. Caso o consumidor não encontre caixa com dinheiro deve denunciar aos Procons e ao Ministério Público para tomarmos as medidas cabíveis", disse.
Segundo o presidente do Sindicato, Marcos Henriques garantiu que os saques serão mantidos e os trabalhadores não serão prejudicados. Quanto aos depósitos, ele explicou que os gerentes das agências desabilitam as máquinas para não receberem os depósitos. Ele também pontuou a necessidade de que tarifas cobradas pelos bancos estejam bem visíveis na entrada das agências.
O diretor de Relações Intersindicais do Sindicato dos Bancários, Francisco de Assis Chaves, informou que, após a greve, se o cliente tiver problemas com taxas, tarifas bancárias, juros e o nome negativado no Serasa ou SPC, tem o direito de pedir a correção administrativa na sua agência. Caso não tenha sua solicitação atendida deve recorrer ao Procon ou ao MP.
Greve
Francisco de Assis Chaves disse ainda que as principais reivindicações são a contratação de mais funcionários, a reposição salarial de 10,25% e o piso salarial do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). "Nós do movimento entendemos que a greve não é contra a população, mas contra os bancos", asseverou.

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