LULA NA TV: "Não vou permitir que um tucano volte a presidir o Brasil", diz ex-presidente; confira vídeo


Ex-presidente deixa em aberto a possibilidade de ser candidato em 2014. Lula vê Dilma em 2014, mas se ela não quiser, ele topa


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu na noite de quinta-feira (31) que pode voltar a concorrer à Presidência da República em 2014 para evitar que o PSDB retorne ao comando do País.

A fala contundente do ex-presidente veio ao participar do programa de TV de Carlos Massa, o Ratinho, no SBT.

- A única hipótese de eu voltar a ser candidato é se ela (presidente Dilma Rousseff) não quiser. Eu não vou permitir que um tucano volte a presidir o Brasil.

Pouco antes, ele disse que seria "cabo eleitoral" de Dilma.

- Acho que não só ela quer, como ela vai estar muito forte no final do seu primeiro mandato... eu tenho certeza que a presidente Dilma vai chegar muito forte e é todo o direito dela, eu serei cabo eleitoral para reelegê-la presidente da República.

Lula, que encerrou há poucas semanas um tratamento contra um câncer de laringe, confirmou ainda que irá participar ativamente das campanhas para as eleições municipais de outubro.

Segundo ele, essa foi a sua primeira entrevista desde que deixou a Presidência da República, em janeiro do ano passado, e aconteceu menos de uma semana depois de uma polêmica reportagem da revista Veja.

A publicação relatou um encontro de abril entre o ex-presidente e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, no qual Mendes afirmou que Lula teria sugerido o adiamento do julgamento do mensalão, no STF, em troca de blindagem do ministro na CPI que investiga as relações do empresário Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas.

Isso por causa de um encontro em Berlim entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), envolvido nas denúncias.

Mendes e Lula se encontraram no escritório do ex-ministro do STF Nelson Jobim, em Brasília. Lula, assim como Jobim, nega que houve pressão para adiar o julgamento do mensalão no STF.

O ex-presidente foi perguntado sobre o tema ao final da entrevista, disse que não tinha interesse em falar sobre o assunto, mas declarou.

- Quem inventou a história, que prove a história. Quem acreditou nela, que vá provando.

No início do programa, Lula usou o exemplo da relação com o apresentador para falar do valor da "amizade".

- É coisa que não tem preço. Nunca precisamos depender de favor um do outro.

Ratinho mostrou cenas do filme Lula, o Filho do Brasil, que conta a história romanceada da vida do ex-presidente, fez inúmeros elogios e disse que é "fã" e "admirador" de Lula "desde 1982".

Ele mostrou vídeos gravados com o ex-jogador Ronaldo Nazário, que comentou a recuperação de Lula do câncer e o chamou de "grande presidente e amigo". O cantor Zeca Pagodinho também gravou uma mensagem a Lula, que se emocionou durante os depoimentos.

O apresentador convidou ao palco o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, e fez perguntas sobre as necessidades da cidade. Chegou a mostrar um vídeo sobre o ProUni, programa criado quando Haddad estava no Ministério da Educação e que será um dos carros-chefe de sua campanha.

Lula também falou porque Haddad foi escolhido como candidato.

- Era o momento de a gente apresentar uma coisa nova para a cidade de São Paulo... Acho que São Paulo precisa ter uma pessoa com o entusiasmo que ele teve cuidando da educação do País.

Lideranças da oposição reclamaram pelo Twitter da aparição de Haddad e afirmaram que se tratou de campanha antecipada.

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