REDUÇÃO DE MULHERES EM CARGOS ELETIVOS PREOCUPA ESTUDIOSOS E AS PARLAMENTARES PARAIBANAS


No período em que o voto feminino completa 80 anos, a participação da mulher na política brasileira ainda é motivo de preocupação entre os estudiosos e as parlamentares paraibanas. O motivo é a redução da presença feminina nas Câmaras e Assembleias Legislativas do país nas últimas eleições e o descumprimento da lei que determina o preenchimento mínimo de 30% das vagas para candidaturas por sexo. “Avançamos nas últimas décadas, mas ainda somos sub-representadas”, destaca a professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e estudiosa do movimento feminista Glória Rabay.
A professora acredita que, desde a década de 1980, quando o Estado elegeu as primeiras representantes no Poder Legislativo, a mulher conquistou mais espaço nas discussões sobre a política local, mas que esse papel ainda é secundário. “Para se ter uma ideia, dos 36 parlamentares da Assembleia Legislativa da Paraíba apenas seis são mulheres”, lembra Rabay. Mesma opinião compartilhada pela vereadora de João Pessoa Sandra Marrocos (PSB). “Numa avaliação das eleições de 2006 e 2010, apesar de elegermos a primeira mulher presidente da República, nós perdemos governadoras (de 3 para 2) e os cargos legislativos também não refletem esse momento”, avalia.
A parlamentar salienta que vários países estão modificando o pensamento em relação às mulheres no comando de cargos de grande relevância, e destaca que a América Latina tem sido uma referência nesse sentido. “Temos países como o Chile, Argentina e, claro, o Brasil, com cargos decisórios nas instâncias do Executivo. Em nosso país, ainda temos o exemplo de várias ministras nomeadas, como a indicação da ministra Cármen Lúcia para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral após 67 anos de criação do órgão”.
No Legislativo estadual, as deputadas Olenka Maranhão e Francisca Motta (ambas do PMDB), têm pensamentos convergentes sobre a participação feminina. “Enquanto deputadas, nós adotamos uma postura de defesa e aproximação de posições de homem e mulher no tocante à vida pública, questões profissionais e culturais”, resume Olenka.
Do Blog com JP OnLine

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